AVISO 6: 3º relato crítico
DATA DE ENVIO por email: quarta-feira dia 28 de junho até as 23:59.
Proposta de encaminhamento deste 3º relato crítico, elaborada pelo mestrando Samuel Robinson Miranda de Souza (aluno de pós-graduação-PAE):A Constituição de 1988 prevê o exercício dos direitos culturais. Este direito é tanto exercido individualmente como também é um direito difuso da coletividade.A antropóloga Britânica Mary Douglas preconiza que as instituições não podem ter uma mentalidade própria pois esta mentalidade é alimentada pelas pessoas que estão mobilizando os recursos institucionais. Já o antropólogo estadunidense Clifford Geertz explica que o comportamento do indivíduo só é compreensível por meio das imagens públicas fornecidas pela cultura.
Dado esse contexto, lembramos ainda que a filósofa inglesa Miranda Fricker cunhou o termo “(in)justiça epistêmica” discutindo de que forma os grupos se encontram em condição desigual na sociedade enquanto sujeitos do conhecimento e portadores de informações difundidas nos ambientes culturais.
Artistas feministas como as Guerrillas Girls ou a brasileira Simone Moraes trazem à tona a questão da (in)justiça epistêmica em suas trajetórias artísticas, questionando, no caso de Simone, o porquê das mulheres serem maioria na gestão das bibliotecas enquanto a maior parte dos acervos das bibliotecas serem compostas por livros escritos por homens.
De forma semelhante poderíamos citar as iniciativas culturais empreendidas no Brasil por coletividades negras, indígenas, LGBTQIA+ , imigrantes, refugiados políticos e ambientais, etc.Considerando o papel do imaginário na criação e manutenção de instituições e a forma como esse imaginário está arraigado na cultura de cada coletividade interagido com a sociedade em geral, propomos a seguinte pergunta:
- Como atuar, individual e/ou coletivamente, nos processos culturais como agente catalisador em prol do aperfeiçoamento da justiça epistêmica do contexto brasileiro?
______________________Referências para esse ultimo relato crítico do semestre:
- as visitas aos 3 museus: Paulista, Pinacoteca e Afro Brasil
- as aulas à partir do dia 25/05 (com os professores convidados)
- os encontros promovidos pelo Eixo Temático Cultura e Artes no IEA-USP, a saber:
- “Um Barco que Veleje nesse Infomar”: Algoritmos, Políticas Culturais e Processos Artísticos 17/05/23
- “Não me Chame de Índio”: Reflexões Sobre o Desenvolvimento de Projetos Culturais e Artísticos Entre os Povos Originários 18/04/23
- "Quem Criou a Regra que ela não Joga Futebol?”: Estratégias de Combate às Injustiças de Gênero no Campo das Políticas Públicas para Cultura 22/03/23
- "Quando eu Piso em Folhas Secas”: Desafios e Possibilidades na Produção de Acervos Culturais por Meio de Políticas Solidárias e Práticas Colaborativas 15/02/23
- o encontro internacional organizado pelo Fórum Permanente com o apoio da Cátedra Olavo Setúbal:
- Decolonizando Museus e Exposições sobre os Indígenas Ainus no Japão 29/05/23
- Museus indígenas: a decolonização necessária no Japão e a emergência no Brasil | por Mauro Bellesa da equipe de Comunicação do IEA-USP
- A decolonização dos museus em debate | coluna de Martin Grossmann na Radio Usp 13/06/23
- destaque no site da Fapesp:
- Pesquisadores indígenas revelam uma medicina preventiva, em que o bem-estar depende da preservação do meio ambiente (texto)
- Antropólogo da etnia Tukano revela conceitos da medicina indígena (vídeo)
- exposições (MASP)
- visitar o Museu das Culturas Indígenas no Parque da Agua Branca.