Circuitos Compartilhados

resumo do projeto

O projeto Circuitos Compartilhados visa o compartilhamento do acervo da mostra Circuitos em Vídeo, cujo contexto curatorial foca os coletivos de artistas no Brasil, importante acontecimento na cena da arte contemporânea.

A coleção é o mais completo acervo de audiovisual sobre o tema, com um recorte abrangendo não somente os grupos mais recentes – cuja visibilidade social afirmou-se no meio artístico no início dos anos 2000 – como também estende-se a importantes iniciativas do gênero ocorridas nos anos 70, 80 e 90, indo mesmo até o limite temporal dos primeiros registros em vídeo e filme dessas ações, quando as referidas mídias passaram a ser incorporadas como linguagem de experimentação pelos artistas visuais, a exemplo das pioneiras experiências e fluxos coletivos coordenados por Paulo Bruscky e seu Arquivo Bruscky, ele mesmo, diga-se, um dos pioneiros do vídeo experimental no Brasil. Ou seja, o acervo da mostra Circuitos em Vídeo abrange a produção de quase “40 anos de arte contemporânea".

Atualmente a mostra é composta de 130 títulos de 57 coletivos de artistas brasileiros, com mais de 20h de programação, e a oportunidade de apoio viabilizará uma atualização ainda mais completa do projeto, incorporando novas propostas, e reforçando tanto o aspecto histórico quanto o atual.

Os atuais participantes da mostra – entre artistas, grupos e ações coletivas – são: Arquivo Bruscky (PE); Torreão (RS); GPCI – Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos (DF); CEIA - Centro de Experimentação e Informação em Arte (MG), Ricardo Basbaum (RJ); Maurício Dias & Walter Riedweg / Fabiana Werneck e Marco del Fiol / Vídeobrasil (Brasil/Suíça); Comunidade, ativismo e a cena Dowtown – um documentário independente sobre a cena experimental de Nova York (EUA/Brasil), Ronald Duarte (RJ); Alexandre Vogler (RJ); Grupo Rradial (RJ); Luís Andrade (RJ); Cuquinha (PE); Telephone Colorido (PE); Atrocidades Maravilhosas (RJ); InterluxArteLivre (PR); PhP (RJ); noninoninono (PE); Super Loja Show (RJ); A Revolução Não Será Televisionada (SP); Rosana Ricalde e Felipe Barbosa (RJ); Grupo Urucum (AP & PA); Goto (PR); Fundação do Museu do Poste (PR); Laura Miranda e Denise Bandeira (PR); Rubens Mano (SP); Giordani Maia (RJ); spmb (Eduardo Aquino & Karin Shanski – Brasil/Canadá); Grupo Entorno (DF); Ducha / Laura Lima (RJ); Acervo Casa Hoffmann (PR); Cristiane Bouger (PR); Grupo EmpreZa (GO); Rés do Chão (RJ); Marssares (RJ); Cabelo & Jarbas Lopes / Dado Amaral e Beto Valente (RJ); Wagner Malta Tavares (SP); Dia do Nada (PR); Ações Coletivas (PR); Rubens Pileggi (PR); Arte de Portas Abertas (RJ); Revelando Olhares dos Moradores da Ilha do Mel (PR); Martha Niklaus (RJ); Márcio Almeida (PE); Desligare (PR/RJ/SP); POIS (RS); EIA - Experiência Imersiva Ambiental (SP); GIA – Grupo de Interferência Ambiental (BA); Laranjas (RS); Cia Cachorra (SP); Projeto Matilha (SP); Catadores de histórias (SP); Ideário (AL); Zaratruta (SP); GIRA (SP); Teatro Monótono (PR); O Palhaço Leigo (SP); Menossão (SP); Poro (MG); Bijari (SP).

Da primeira exibição, em maio de 2005, em Curitiba, às circulações subseqüentes – Londrina, Rio de Janeiro, Maceió, São Paulo, Antonina, Recife – a Circuitos, além de incorporar novos participantes, também tem sido espaço para a estréia de trabalhos, agregando assim valor cultural e diversidade ao repertório curatorial. 11 títulos foram lançados na própria mostra: Ação comum, de Rubens Mano; /aquilá/, do spmb (Eduardo Aquino e Karen Shanski); workshop com Willi Dorner, do acervo da Casa Hoffmann; Infração, de Marssares; Pipeiros dos Prazeres, de Goto; Fundação do Museu do Poste, de Octávio Camargo e outra coisa; Dia do Nada – 2005, Contorno, Almoço na Relva, Outros 500 e Desde, de Rubens Pileggi em parceria com outros artistas. Na Circuitos em Vídeo também estreou a coletânea com 14 vídeos do GPCI – Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos, de Brasília, compilação essa abrangendo 13 anos de produção de um dos pioneiros grupos de investigação da arte tecnológica no Brasil. Além disso, nela ocorreu a primeira exibição no Brasil de Sensuality in (and) América, de Cristiane Bouger. Complementarmente, foram impressas duas edições do jornal OBS.:, informativo alusivo á mostra, em Curitiba, em 2005, e no Recife, em 2007. Na estréia do projeto ocorreu ainda o encontro em telepresença Em carne & net – território online, conectando artistas de 6 ações coletivas de Curitiba e Eduardo Aquino, do spmb.

O projeto Circuitos Compartilhados consiste em atualizar o acervo e fazer 200 cópias da coleção, em DVD, para serem distribuídas entre os participantes, pesquisadores e instituições culturais públicas do Brasil. Complementarmente, prevê-se a confecção de um material gráfico para documentar diversas outras contextualizações associadas à proposta e aos participantes.

Goto
epa! - expansão pública do artista
Curitiba, 25/01/2008.