Falar em artes visuais e falar em patrimônio cultural nos dias de hoje se tornou complicado a toda sorte de discursos e linguagens.
Falar em artes visuais e falar em patrimônio cultural nos dias de hoje se tornou complicado a toda sorte de discursos e linguagens. Mais do que as muitas duvidas e interrogações que se sucedem numa longa história de interpretações e conceitos, estamos diante de um tempo contemporâneo que quer afirmar silenciosamente seus valores sem que nos ponhamos a refletir sobre eles.
Penso que é justamente hoje que devemos repassar os olhos sobre nossas inquietações e indagações, tentando ver em cada uma delas a rede de sentidos que podemos agenciar em nossas afirmações simbólicas para esse presente vivido. Estamos todos convocados pelo presente a fazer nossos deslocamentos de sentidos, remanejamentos semânticos e criações conceituais que decifrem os tempos de agora. E é só por isso que somos todos contemporâneos de nós mesmos. Se estamos tentando traduzir outras épocas e arejar vocabulários é para poder enxergar melhor os desafios do que vivemos hoje. Espero que essa discussão de valores que queremos fazer aqui junto ao IPHAN mobilize a todos vocês que lidam com criações e idéias. Meu desejo e de nós todos do MinC é que nossa cultura veja-se em toda a sua atualidade.