Bienal de São Paulo responde aos “novos fascismos” com 80% de artistas não brancos
A obra 'Templo de Oxalá' (1977), do artista brasileiro Rubem Valentim, na 35ª Bienal de São Paulo. ISAAC FONTANA (EFE)
Por Alex Vicente (Jornalista cultural. Faz parte da equipe Babelia desde 2020)
EL PAÍS
Publicado em: 15 de Setembro de 2023
A Bienal de São Paulo, principal evento de arte contemporânea do hemisfério sul – e o segundo mais antigo do mundo, atrás apenas da Bienal de Veneza – abre nesta quarta-feira sua 35ª edição, marcada pela presença recorde de artistas do sul global. % de nomes não brancos do total de 121 expostos. A exposição, intitulada Coreografias do Impossível, é um percurso político e poético, corajoso e retumbante, heterogéneo e irregular, discursivo mas também sensual, que funciona como uma história alternativa da arte dos séculos XX e XXI, prestando menos atenção ao Ocidente. hegemonia e mais à sabedoria de tradições subestimadas, como as culturas indígenas e a diáspora africana na América Latina, além do mundo árabe ou do continente asiático.