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Cerimônia de abertura da exposição - HENDU PORÃ RÃ

Fonte: https://falacaragua.com.br/2023/12/hendu-porara-escutar-com-o-corpo-e-a-nova-exposicao-do-museu-das-culturas-indigenas/

A ACAM Portinari, o Instituto Maracá, o Conselho Aty Mirim e a equipe MCI convidam para a cerimônia de abertura da exposição HENDU PORÃ RÃ - Escutar com o corpo, a realizar-se no próximo dia 21/12, às 18h. Contamos com a sua prestigiosa presença!

Exposição é um convite para conhecer o modo de viver do povo Guarani. Foto: divulgação

São Paulo, dezembro de 2023 – Em 21 de dezembro, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) estreia a exposição Hendu Porã’rã, escutar com o corpo. Com foco na cultura e modo de viver do povo Guarani, a mostra é um convite para que o público entenda a construção do bem-viver pelo povo Guarani, por meio do caminhar e da escuta coletiva.  O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

A expressão “Hendu Porã’rã” é usada pelo povo Guarani para descrever o “escutar com o corpo”. O Hendu Porã’rã perpassa pelo sentir com o corpo e o escutar pelo diálogo. Essa experiência pretende mostrar ao público nossa forma Guarani de estar no mundo”, afirma Sandra Benites, que integra a curadoria da exposição ao lado de Márcio Vera Mirim, Sônia Ara Mirim e Tamikuã Txihi.

O percurso da exposição apresenta o modo de ser Guarani, com um caminho de cantos e rezas, saberes da erva-mate e do fumo. Mostra sua relação com os alimentos, a dança, a luta, os sonhos, a compreensão do tempo e o sentido filosófico da palavra Guarani. A mostra é um chamado para quem deseja ouvir, sentir e caminhar dentro do território para conhecer os caminhos dos Guarani.

“Hendu Porã’rã traz a visão única do Guarani que há milênios vive nesta terra. Queremos provocar uma reflexão e abrir os horizontes dos não-indígenas sobre como o bem-viver está conectado com a mãe Terra, que devemos cuidar da nossa mata atlântica, conhecer e respeitar os guardiões da floresta”, comenta Márcio Vera Mirim.

UM CONVITE PARA SENTIR E CONHECER

No sexto andar do MCI, uma instalação no centro do espaço traz recursos sonoros, como oralidades e cantos de mestres Guarani. No centro um angu’a, pilão esculpido em madeira de cedro, simboliza o trabalho, o rito e a força entre os Guarani – essa ferramenta é utilizada na cerimônia do batismo do milho e representa um suporte de equilíbrio para momentos tempestuosos. Nesse percurso, os passos representam as danças Xondaro e Xondarias – guerreiros e guerreiras -, que servem para guiar o público entre os conteúdos da exposição.

Espigas de milho tradicionais dos povos indígenas são suspensos no teto, ao lado de fechos de erva mate e de fumo, bens utilizados em cerimônias e que representam a riqueza do cultivo das etnias Guarani. Em cada espécie, uma etiqueta traz informações sobre sistemas de plantios, origens e variações.

“Esses bens naturais representam a nossa cosmologia e todo trajeto foi pensado para mostrar que o universo Guarani é repleto de cantos, rezas e espiritualidade. É uma imersão na vida do nosso povo”, define Sonia Ara Mirim.

Paredes arredondadas compõem o espaço e trazem desenhos, vídeos, fotografias, documentos e objetos sobre o rico universo dos Guarani. O público pode assistir, ouvir e aprender sentado em um tenda’i – bancos utilizados em rituais.