Open call for artists // Chamada para artistas 22ª Bienal Sesc_Videobrasil
Imagem de divulgação
Após um adiamento de quase dois anos por conta da pandemia de Covid-19, a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil acontecerá em outubro de 2023 no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, atenta à produção contemporânea do Sul Global e em sintonia com um contexto bastante distinto daquele em que seria realizada em 2021. Com curadoria do brasileiro Raphael Fonseca e da queniana Renée Akitelek Mboya, a Bienal tem chamada internacional aberta para seleção de artistas entre os dias 1º de agosto e 2 de setembro de 2022.
Com o dinamismo que o caracteriza, o evento chega a sua 22ª edição com o título “A memória é uma ilha de edição” – frase retirada do poema “Carta aberta a John Ashbery”, de Waly Salomão (1943-2003), nome incontornável em diversas áreas da cultura no Brasil desde os anos 1960. Para muito além das “ilhas de edição” particulares, a 22ª Bienal busca selecionar trabalhos que tratem das memórias coletivas, das lembranças e esquecimentos que constroem narrativas históricas e sociais, relativas a povos, nações e regiões geográficas. “Como se dá a equação entre lembrança e esquecimento? Quais as fronteiras éticas de um corte? Quem detém o poder de fazê-lo? Como uma sequência de imagens pode revisitar as narrativas que dizem respeito a uma família, nação ou região geográfica? Como forjar a memória daquilo que não vimos ou sentimos em nossos corpos? Quais os limites da memória?”, questionam os curadores.
A Bienal marca ainda os 40 anos do Videobrasil, encontro dedicado inicialmente ao vídeo e que ao longo das décadas se expandiu para as mais variadas linguagens artísticas. Fundadora e diretora do Videobrasil, Solange Farkas destaca o contexto em que a chamada aberta para artistas será realizada, após mais de dois anos de uma pandemia que deixou milhões de mortos ao redor do globo – e que certamente terá influência nas produções artísticas apresentadas. A noção de sobrevivência, portanto, surge como desejo essencial, assim como a necessidade de olhar para um passado tão recente e já traumático. “Sobreviver perante as adversidades é necessário e a Bienal preza pela exposição de diferentes falas, maneiras de se negociar o passado histórico e formas de se pensar a criação de imagens hoje”, diz ela.
A Bienal recebe inscrições de obras em qualquer formato e idioma de artistas e/ou coletivos nascidos em países do Sul Global, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ou radicados neles há pelo menos cinco anos, e artistas indígenas de quaisquer nacionalidades.
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