1922: MODERNISMOS EM DEBATE - O popular como questão
Fonte: http://pinacoteca.org.br/atividades/10242/
A Semana de Arte Moderna será tema do ciclo de debates 1922: modernismos em debate, que acontece entre março e dezembro de modo online. Os encontros serão realizados uma vez ao mês e terão a participação de 41 convidados. A atividade é organizada em conjunto, de forma inédita, pelo Instituto Moreira Salles, pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e pela Pinacoteca de São Paulo, e se propõe a promover uma revisão crítica da Semana, contextualizando-a historicamente e examinando outras manifestações similares em diversas partes do país.
O evento 100% online e gratuito será transmitido pelos canais de YouTube e Facebook das três instituições. O programa inclui debates nas quatro áreas representadas no evento modernista: arquitetura, artes plásticas, música e literatura. Além disso, tratará de investigar os motivos históricos e culturais da ausência da fotografia e do cinema na Semana. Outros pontos de reflexão serão o interesse dos modernistas pela cultura popular e os discursos nacionalistas que emergiram no período e tiveram desdobramentos políticos e ideológicos de espectro variado.
Até dezembro, foram convidados pesquisadores baseados em diferentes estados, com o objetivo de comparar pontos de vistas, ampliar o conceito de modernismo e discutir as especificidades dos diversos movimentos que despontaram no Brasil entre os anos 1920 e 1940. Além de reunir especialistas em arte moderna, participam artistas contemporâneos que discutirão o teor ideológico presente na representação de corpos negros e indígenas nas obras do período. O primeiro acontece no dia 29 de março (veja a programação abaixo).
Encontro do mês:
26 de julho, segunda-feira: Outras centralidades
Mesa 9
18h – 18h30 | com Marcelo Campos (UERJ)
18h30 – 19h | com Divino Sobral (artista, pesquisador e curador independente)
19h – 19h30 | Debate, com mediação de Fernanda Pitta ( Pinacoteca)
19h30 – 19h45 | Intervalo
Mesa 10
19h45 – 20h15 | com Paula Ramos (UFRGS)
20h15 – 20h45 | com Gênese Andrade (FAAP)
20h45 – 21h15 | Debate, com mediação de Edson Leite (MAC USP)
Próximas programações
30 de agosto, segunda-feira: Artes indígenas: apropriação e apagamento
27 de setembro, segunda-feira: Fotografia e cinema
25 de outubro, segunda-feira: Artes do cotidiano
29 de novembro, segunda-feira: Políticas do Modernismo
13 de dezembro, segunda-feira: Futuro e passado: legados para o patrimônio
Serviço
Ao vivo pelo Youtube e Facebook da Pinacoteca de São Paulo
youtube.com/pinacotecadesaopaulo / facebook.com/PinacotecaSP
Confira abaixo os encontros anteriores:
Encontro 1 | Histórias da semana: o que é preciso rever (29 de março, segunda-feira)
Mesa 1
18h – 18h30 | A Semana de cem anos, com Frederico Coelho (PUC RJ)
18h30 – 19h | Encontros com o modernismo, Regina Teixeira de Barros (curadora independente) e Aracy Amaral (USP)
19h – 19h30 | Debate
19h30 – 19h45 | Intervalo
Mesa 2
19h45 – 20h15 | Mulheres modernistas no Brasil: os muitos lugares dos gêneros, com Ana Paula Cavalcanti Simioni (USP)
20h15 – 20h45 | Minas Gerais, um modernismo em surdina: Zina Aita e Agenor Barbosa, com Ivana Ferrante Rebello (UNIMONTES)
20h45 – 21h15 | Debate
Encontro 2 | Identidade como problema (26 de abril, segunda-feira)
Mesa 3
18h00 – 18h30 | A reinvenção da Semana e o mito da descoberta do Brasil, com Rafael Cardoso (UERJ, Freie Universität Berlin)
18h30-19h | Lembrança brasileira: uma seleção pitoresca de imagens, com Val Souza (artista, SP-BA)
19h00-19h30 | Debate
Mediação: Renata Bittencourt (IMS)
Intervalo |19h30 – 19h45
Mesa 4
19h45-20h15 | Movimento regionalista e tradicionalista: a seu modo modernista?, com Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN)
20h15 – 20h45| Cromografia de país dual: fronteiras e imagens do modernismo na Amazônia, com Aldrin Figueiredo (UFPA)
20h45 – 21h15 | Debate
Mediação: Ana Maria Maia (Pinacoteca)
Encontro 3 | Culturas urbanas (31 de maio, segunda-feira)
Mesa 5
18h às 18h30 | Os modernismos das coisa e outras coisa do modernismo, com Marize Malta (UFRJ)
18h30 às 19h | Arquivos urbanos de 1922: a disputa pelo moderno e imaginários da cidade, com Beatriz Jaguaribe (UFRJ)
19h às 19h30 | Debate
Mediação: Valéria Piccoli (Pinacoteca)
Intervalo |19h30 – 19h45
Mesa 6
19h45 às 20h15 | A cidade, o poeta e o diamante, com Luiz Antônio Simas (escritor, professor e historiador, compositor brasileiro e babalaô no culto de Ifá)
20h45 | A modernidade negra e o Modernismo reacionário brasileiro para além de 1822, com Salloma Salomão (compositor, educador, ator e dramaturgo)
20h45 às 21h15 – Debate
Mediação: Horrana Santos (Pinacoteca)
Encontro 4 | O popular como questão (28 de junho, segunda-feira)
Mesa 7
18h às 18h30 | Arte culta e arte popular com Ana Maria Belluzzo (USP)
Coloco em questão a separação entre arte popular e arte culta, destacando o entrelaçamento da manifestação popular com a expressão erudita. A ideia de cultura do povo (folklore) nasceu para identificar traços da cultura germânica, em oposição à cultura das cortes, e se fortaleceu no contexto das aspirações românticas. Mas o que representou a descoberta do folclore em um país formado sob profundas diferenças regionais como o Brasil, das quais iriam derivar diferentes modernismos? Mais do que expressão popular, a questão toca a triste sina do artesanato no desenvolvimento do país. Especial atenção precisa ser voltada à arte primitiva e o modo como foi interpretada pelas gerações modernistas no Brasil. A atuação junto a causas e interesses populares revelou a compreensão dos artistas de que existe de fato uma única cultura, a cultura de classes. A questão do popular está envolvida e embrulhada sob diferentes molduras, é preciso desembrulhar. Quando já não existem subculturas relativamente autônomas, entre “atraso” e “civilização”, dá-se a uniformização simbólica com o predomínio da cultura de massa.
18h30 às 19h | O agente preto como fator da modernização brasileira, com Roberto Conduru (SMU/Dallas)
A partir do texto O colono preto como fator da civilização brasileira, publicado por Manuel Querino em 1918, pretende-se pensar tanto culturas africanas e afro-brasileiras, de maneira geral, quanto pessoas afrodescendentes e suas realizações, em particular, como fatores cruciais da modernização artística no Brasil, entre o final do século XIX e meados do século XX.
19h às 19h30 | Debate
Mediação: Fernanda Pitta (Pinacoteca)
Intervalo |19h30 – 19h45
Mesa 8
19h45 às 20h15, com Clarissa Diniz (Museu Nacional, UFRJ)
20h15 às 20h45, com Raphael Fonseca (Colégio Pedro II)
20h45 às 21h15 | Debate
Mediação: Heloisa Espada (IMS)