18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil
18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil: Edição comemorativa reúne as mostras 30 Anos e Panoramas do Sul, em intensa programação que ocupa Sesc Pompeia, CineSesc e outras unidades
Realizado por Sesc SP e Associação Cultural Videobrasil, o Festival comemora três décadas como uma das principais plataformas de mapeamento, exibição e debate da arte contemporânea no país. Esta 18ª edição acontece de 6 de novembro de 2013 a 2 de fevereiro de 2014, em São Paulo, e inclui a exposição 30 Anos e a mostra competitiva Panoramas do Sul, que ocupam o Sesc Pompeia e o CineSesc, além de programas públicos em diferentes espaços de São Paulo – incluindo, na fase de aquecimento para o Festival, uma série de projeções em unidades Sesc e outros locais públicos, dentro do Projeto Fachadas (detalhes a serem divulgados em breve).
Criado em 1983 e tendo desde 1992 o Sesc como correalizador, o Videobrasil tem se transformado para atuar sempre de forma inovadora em torno da arte e da imagem em movimento: quando a videoarte apenas surgia na cena brasileira, criou o primeiro festival voltado à modalidade e participou, assim, de sua consolidação e de sua incorporação pelo circuito artístico amplo. Mais tarde, abriu-se a outras manifestações da arte eletrônica em diálogo com o universo das instalações e a performance, entre outros desdobramentos. Desde 2011, passou a abranger todas as linguagens artísticas contemporâneas e ressaltou, assim, o foco de atenção que fora adotado desde a década de 90 (cabe ressaltar, de modo pioneiro no Brasil): o chamado Sul geopolítico.
Panoramas do Sul
Na mostra competitiva Panoramas do Sul, 94 artistas do Sul geopolítico (América Latina, Caribe, África, Oriente Médio, Europa do Leste, Sul e Sudeste asiático e Oceania) apresentam suas obras no Sesc Pompeia e no CineSesc.
A comissão curadora, formada por Solange Farkas (criadora e curadora-chefe do Festival), Eduardo de Jesus (curador e docente da PUC Minas), Fernando Oliva (curador e docente da FAAP) e Julia Rebouças (curadora do Instituto Inhotim), analisou mais de dois mil projetos e selecionou obras de artistas de 32 diferentes nacionalidades. Entre os trabalhos estão instalações, performances, desenhos, esculturas, fotografias, pinturas, livros de artista e vídeos.
A exposição busca traçar um expressivo e dinâmico panorama da produção artística mais recente do eixo Sul. Longe de se pretender um olhar totalizante, a mostra se abre ao risco oferecido pela seleção a partir de uma convocatória aberta. Panoramas do Sul é muito mais um mapeamento articulado de discursos e proposições do que uma curadoria baseada em uma tese ou ideia previamente concebida. Aborda, assim, questões estéticas, políticas, sociais e subjetivas que caracterizam tanto a contemporaneidade de modo mais geral, quanto as tensões específicas do circuito Sul.
O júri, composto pelos curadores Cristiana Tejo (Brasil), Koyo Kouoh (Senegal), Pablo Lafuente (Argentina), Rifky Effendi (Indonésia) e Yolanda Wood Pujols (Cuba), irá premiar os melhores trabalhos ao final da primeira semana do evento. Serão nove artistas premiados com bolsas de residência artística em instituições parceiras espalhadas pelo mundo, prática recorrente e estruturante das ações do Festival, e um grande prêmio em dinheiro. Todos os premiados recebem um troféu, que este ano foi criado pela artista paulistana Erika Verzutti, recentemente selecionada para a Carnegie International, tradicional mostra norte-americana realizada desde 1866. Em anos anteriores os troféus foram projetados por artistas como Tunga, Carmela Gross, Rosângela Rennó e Luiz Zerbini, entre outros.
Para ativar o debate, estender a ação do Festival e criar espaços de reflexão – ao longo dos três meses de duração do evento – será realizada uma série de Programas Públicos. Essa programação, disponível em breve, vai lançar um olhar multidisciplinar sobre temas suscitados pelo Festival.
30 Anos
Afastando-se de uma visão linear e conformada da história, a mostra 30 Anos instiga, convoca e aponta direções para a compreensão da trajetória do Festival, responsável por consolidar uma cena e promover a formação de público para a arte contemporânea. A exposição constitui-se de uma espécie de grande instalação, em que a polifonia de obras, depoimentos, registros e intervenções forma um grande ambiente, um painel das três décadas de história do Festival.
Nam June Paik, Kenneth Anger, Walid Raad, Chelpa Ferro, Peter Greenaway, Tunga, Waly Salomão, Rosangela Rennó, Cao Guimaraes, Marcel Odenbach, Fernando Meirelles, Rafael França, Akram Zaatari, Tadeu Jungle, Eder Santos, Marina Abramovic, Gianni Totti, Derek Jarman, Ximena Cuevas, Olafur Eliasson, Bill Viola... Quase duas mil diferentes presenças compõem esse mosaico, entre artistas, curadores, críticos e público.
Para construir esse grande ambiente, serão usados mais de 200 monitores, que exibirão cerca de 20 horas de vídeos especialmente editados a partir de um total de 5 mil horas analisadas. Entrecortam esses conteúdos alguns destaques e homenagens, em que personagens centrais nessa história protagonizam a instalação para comentar ou narrar passagens fundamentais dessa história. A ambientação sonora é assinada pelo coletivo brasileiro O Grivo, expoente das investigações em áudio no âmbito da arte atual.
Ancorada em um amplo esforço de trazer ao acervo todas as obras apresentadas ao longo desses 30 anos, a instalação abriga ainda uma midiateca – aberta ao público – trazendo quase todo o conteúdo apresentado nas 17 edições, desde 1983. Esse espaço de prospecção, pesquisa e imersão também será palco de palestras, debates e atividades dos programas públicos.
Sobre os realizadores
A Associação Cultural Videobrasil dedica-se ao fomento, difusão e mapeamento da arte contemporânea, bem como à formação de público e ao intercâmbio entre artistas, curadores e pesquisadores. Destina especial atenção à produção do circuito geopolítico Sul(América Latina, Caribe, África, Oriente Médio, Europa do Leste, Sul e Sudeste asiático e Oceania), promovendo e articulando uma rede de cooperação internacional. Independente e comprometida com o papel questionador da arte, tem se voltado, com crescente ênfase, para ações públicas e de ativação de seu acervo, uma representativa coleção de vídeo e performance do Sul geopolítico global. Além do festival bienal, o Videobrasil realiza exposições internacionais, mostras itinerantes, publicações sobre arte contemporânea e cultura, produtos audiovisuais e promove programas de residência artística.
Criado pelo empresariado do comércio e serviços brasileiro há cerca de sessenta anos, o Sesc – Serviço Social do Comércio – baseia suas ações em um sólido projeto cultural e educativo, voltado à inovação e à transformação social. O Sesc inovou ao introduzir novos modelos de ação cultural e sublinhar, na década de 1980, a educação permanente como pressuposto para a transformação social. A concretização desse propósito se deu por uma intensa atuação no campo da cultura e suas diferentes manifestações, destinadas a todos os públicos, em diversas faixas etárias e estratos sociais. No estado de São Paulo, o Sesc conta com uma rede de 32 unidades, que oferecem atividades culturais e desportivas, turismo social, programas de saúde, educação ambiental e inclusão digital, e programas especiais para crianças e terceira idade. É o principal parceiro do Videobrasil há mais de 20 anos e abriga as exposições da Associação, a Videoteca e o Festival de Arte Contemporânea.
A comissão curadora
Curadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil, Solange Farkas criou o Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, evento que completa 30 anos como referência para a produção artística do Sul geopolítico do mundo (África, América Latina, Leste Europeu, Oriente Médio, parte da Ásia e Oceania), além de ter apresentado artistas como Bill Biola, Gary Hill, Peter Greenaway, Marina Abramovic e Olafur Eliasson. Foi também responsável por mostras como Sophie Calle, Cuide de Você (2009), Joseph Beuys – A Revolução Somos Nós (2010-11) e Isaac Julien: Geopoéticas (2012). Como curadora convidada, participou da Bienal de Sharjah, Bienal de Cerveira, Videozone: International Video Art Biennial – Israel, além de FUSO (mostra portuguesa de videoarte) e 6th Jakarta International Video Festival (ambos em 2013). Foi diretora e curadora-chefe do MAM-BA de 2007 a 2010.
Eduardo de Jesus é graduado em comunicação social pela PUC-MG, mestre em comunicação pela UFMG e doutor em artes pela ECA/USP. É professor do programa de pós-graduação da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. Atua na Associação Cultural Videobrasil, é curador com atuação na área do audiovisual (cinema, vídeo e televisão), arte contemporânea e tecnologia. Entre suas curadorias estão Esses espaços (Belo Horizonte, 2010), Densidade Local, em parceria com Gunalan Nadarajan, para o Festival Transitio-MX (Cidade do México, 2008) e Mostra Fiat Brasil (2006). Entre 2009 e 2010 coordenou, junto com Jochen Volz, o curso de especialização Arte contemporânea: reflexão e crítica, numa parceria entre IEC-PUC Minas e Inhotim. Tem publicado textos, ensaios e resenhas em torno da produção artística contemporânea.
Fernando Oliva é curador, pesquisador e docente (Faculdade de Artes Plásticas da Faap e Faculdade Santa Marcelina). É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História e Crítica de Arte da Faculdade Santa Marcelina e doutorando em história da arte pela ECA-USP. Foi Diretor de Curadoria do Centro Cultural São Paulo e Gerente de Projetos do Paço das Artes, cargo que ocupou também no MIS. Entre seus projetos curatoriais destacam-se Lugar Comum (Laboratório Curatorial SP-Arte 2013), O Retorno da Coleção Tamagni - Até as Estrelas por Caminhos Difíceis (MAM-SP, 2012, com Felipe Chaimovich), Grau Zero (Paço das Artes, 2009, com Priscila Arantes), Cover=Reencenação + Repetição (MAM, 2008); I/Legítimo - Dentro e Fora do Circuito (MIS, 2008, com Priscila Arantes), Comunismo da Forma (Galeria Vermelho, 2007, com Marcelo Rezende), entre outras. Editou a publicação de ensaios Caderno Sesc_Videobrasil 6 Turista/Motorista.
Júlia Rebouças atua na curadoria do Instituto Inhotim desde 2007. É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais, além de atuar como editora e crítica de arte. Em 2011, foi indicada ao Prêmio Lorenzo Bonaldi per l’arte, Bergamo, Itália. Realiza diversos projetos independentes de curadoria, destacando entre eles a exposição Ano Novo, na Galeria Silvia Cintra+Box4, em 2011, e a elaboração do projeto A céu aberto, como colaboradora da curadora e psicanalista Suely Rolnik, que concorreu à 30ª Bienal de São Paulo. É membro da Red Conceptualismos del Sur de pesquisadores da América Latina e escreve para catálogos de exposições e livros de artistas. Colabora com diversas revistas, entre elas Artnexus e Flash Art.
Serviço
18ª Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil:
30 Anos + Panoramas do Sul
Curadora-geral: Solange Farkas. Curadores: Eduardo de Jesus, Fernando Oliva, Júlia Rebouças. Diretora de Programação: Thereza Farkas. Curadora de Programas Públicos: Sabrina Moura
De 6 de novembro de 2013 a 2 de fevereiro de 2014
Locais: Sesc Pompeia e Cine Sesc | Ingresso: gratuito
Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 | Pompeia | São Paulo, SP | Tel. 11 3871 7700
0800 11 8220 | Visitas mediadas (agendamento e informações): tel. 3871 7700
CineSesc
R. Augusta, 2075 | Cerqueira César | São Paulo | Tel. (11) 3087-0500
Programação de vídeos e Programas Públicos disponível em breve.
Imagens e textos:
FTP://VIDEOBRASIL:[email protected]/
Informações para imprensa
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