Presidente do Masp afirma que não houve falta de verbas para segurança
O presidente do Masp (Museu de Arte de São Paulo), Júlio Neves, afirmou nesta sexta-feira que não houve falta de verbas para a área de segurança do museu. Ele afirmou, entretanto, que administra um "cobertor curto de recursos".
O museu teve duas importantes obras furtadas ontem: "O Lavrador de Café", obra de 100x81 centímetros de Portinari, e "O Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso, quadro de 65x54 centímetros. A ação aconteceu entre as 5h09 e 5h12 desta quinta-feira.
O furto foi destaque na imprensa internacional. As obras não tinham seguro e o museu não dispõe de alarme.
Segundo Neves, o museu funcionou desde a sua fundação, em 1947, até 2001 sem nenhum equipamento de segurança, apenas com guardas. Na reforma realizada em 2001, o Masp passou a contar com alguns instrumentos para evitar roubos. Neves, no entanto, não soube precisar quais.
"Nós conseguimos aprovar agora com o Ministério da Cultura, a utilização dos incentivos da Lei Rouanet em um programa que envolve não só a manutenção do museu no ano de 2008, mas também com a adequação das nossas instalações e com esses instrumentos de segurança", afirmou.
Neves participou da assinatura de um convênio firmado entre o governo federal e o governo paulista na área de cultura. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, também participou. Gil afirmou que o furto dos quadros não deve ter sido realizado por brasileiros, mas por quadrilhas internacionais.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u357375.shtml