Família de ex-dono do Banco Santos terá que deixar mansão no Morumbi
Fracassou a tentativa da família do ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, de manter a posse da mansão no Morumbi.
O presidente em exercício do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Francisco Peçanha Martins, indeferiu o pedido de liminar da esposa do ex-banqueiro, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira, que tentava continuar com a posse da mansão, localizada na rua Gália, 120.
Edemar Cid Ferreira e seu filho, Rodrigo Cid Ferreira, foram presos em dezembro do ano passado, após serem condenados, respectivamente, a 21 e 16 anos de prisão por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, crime organizado e formação de quadrilha. Trata-se da maior pena já recebida por um ex-dono de banco no Brasil.
No final de dezembro, entretanto, pai e filho conseguiram um habeas corpus e deixaram a prisão.
Em maio de 2006, Márcia também foi denunciada no processo e, em dezembro, foi condenada a cinco anos e quatro meses de prisão em regime semi-aberto pelo crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com a sentença da Justiça, a esposa do ex-banqueiro controlava empresas "off-shore"e em paraísos fiscais para onde era desviado ilegalmente dinheiro do Banco Santos.
A mansão na rua Gália, onde o ex-banqueiro guardava grande parte de sua coleção de obras de artes, deverá ser transformada em um museu.
O Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central em novembro de 2004 e teve sua falência decretada em setembro do ano passado. O banco deixou um rombo de R$ 2,9 bilhões no sistema financeiro.