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Bienal em casa #21

Fundação Bienal de SP, em 23/03/2021.
Bienal em casa #21

Ouvinte do Campo Sonoro, o audioguia da 32ª Bienal de São Paulo. 11/10/2016 © Pedro Ivo Trasferetti / Fundação Bienal de São Paulo

Ministério do Turismo, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Fundação Bienal de São Paulo e Itaú apresentam

 

Audioguias, audiodescrição e outras produções sonoras são importantes ferramentas de acessibilidade e de memória. Guiado por áudios, o público pode ter acesso a outro tipo de experiência ao visitar uma exposição. Agora em contexto de isolamento social, propomos um novo mergulho no vasto acervo que a Fundação Bienal produziu ao longo dos anos. No Soundcloud da Bienal, você encontra registros sonoros produzidos desde a 30 × Bienal – Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição (2013) até a exposição Vento (2020), que integra a 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, atual edição da mostra.

Audioguias são longos companheiros de exposições, e desde a 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas (2012) a Fundacão Bienal desenvolve conteúdos em áudio de forma contínua. No entanto, ao longo dos anos, a Fundação buscou diversificar tanto a linguagem usada como os formatos escolhidos para esses importantes registros sonoros.

Um exemplo é o projeto Campo Sonoro da 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva, uma plataforma de sons complementares à exposição desenvolvida em colaboração com os artistas da mostra em torno de suas pesquisas e inspirações. Composta por mais de 60 faixas (5h de áudio) o projeto traz depoimentos de artistas sobre as obras de outros participantes da 32ª Bienal; músicas, cantos, batidas e sons gravados ou extraídos das pesquisas artísticas; leituras de poemas escritos e recitados pelos artistas; conversas entre artistas e colaboradores envolvidos no desenvolvimento das obras etc. Cada aúdio é acompanhado pela transcrição em português e em inglês.

Escute, por exemplo, a série de entrevistas da artista Katia Sepúlveda com sete mulheres sobre a possível existência de um feminismo mapuche a partir da experiência do feminismo comunitário boliviano. Outro exemplo é a leitura cênica, escrita e dirigida por Grada Kilomba baseada em seu livro Memórias da plantação: episódios do racismo diário, cujo registro sonoro da apresentação no Teatro Ballhaus Naunynstrasse, em Berlim, 2015, você pode ouvir aqui.


+ confira o Soundcloud da Bienal

 

Abra seu Spotify na página de busca e escaneie o código acima!

A música se converte, em muitos casos, na trilha sonora de um processo criativo. Com o objetivo de descobrir quais músicas os artistas escutam, a 33ª Bienal de São Paulo – Afinidades afetivas os convidou para produzir playlists musicais. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o curador Gabriel Pérez-Barreiro afirmou que a união dos artistas com a música foi uma "forma de conhecê-los melhor".

Além da playlist feita pelo próprio curador, 15 artistas participantes da Bienal contribuíram com seleções exclusivas, disponíveis na íntegra no Spotify: Wura-Natasha Ogunji; Bruno Moreschi; Waltercio Caldas; Luiza Crosman; Nelson Felix; Tamar Guimarães; Antonio Ballester Moreno; Claudia Fontes; Siron Franco; Maria Laet; Vânia Mignone; Alejandro Corujeira; Mamma Anderson; Denise Milan e Sofia Borges. As playlists são compostas por diferentes gêneros musicais, como clássicos da mpb, sinfonias, jazz, pop e funk. Convidamos vocês a se inspirarem pelas músicas que acompanharam os artistas da 33ª Bienal de São Paulo!


+ dá play no Spotify da Bienal


Kara Walker, Slavery! Slavery!, 1997. Coleção Peter Norton Foundation. Reprodução do catálogo da 25ª Bienal de São Paulo

Em comemoração ao 8M, o Instagram da Bienal convidou quatro mulheres para indicarem artistas que as inspiram. Janaina Machado, pesquisadora e educadora da Fundação Bienal de São Paulo, indicou a obra da artista Kara Walker, representante dos Estados Unidos na 25ª Bienal de São Paulo – Iconografias metropolitanas (2002).

Para esta edição da Bienal, a artista expôs um ciclorama de 25m² (mesmo formato daqueles utilizados para propaganda no século 19) que retratava, por meio de silhuetas, a Batalha de Atlanta, durante a Guerra de Secessão nos EUA (1861-1865). "Suas silhuetas em preto sobrepostas ao fundo branco apresentam um panorama da violência colonial impingida à população negra por séculos no país. Assim como os Racionais MC'S elaboram radiografias sociais a partir da sua leitura inflamada pelo rap, Kara Walker nos convida a refletir sobre as relações de poder, raça, gênero, explorações, silenciamentos, estereótipos. Por meio do teatro de sombras, é revelado um mundo ainda assombrado pelo seu passado", afirma Janaína.

A artista trabalha a arte como arma política de denúncia do racismo, da violência sexual e da escravidão. Seus trabalhos buscam dialogar com temas como poder, repressão, história, raça e sexualidade. Confira mais no catálogo da 25ª Bienal de São Paulo.


+ saiba mais sobre a 25ª Bienal de São Paulo