Fundação de Serralves acusada de "não honrar compromissos" com trabalhadores
Os funcionários do serviço educativo daquela instituição viram as atividades suspensas a 13 de março, e acusam a administração de não pagar as atividades previamente acertadas.
Numa carta aberta divulgada este domingo, os trabalhadores do Serviço Educativo denunciam que a Fundação de Serralves recusa o pagamento de atividades previamente acordadas. Ao que a Renascença sabe serão várias dezenas de funcionários afetados por esta situação.
A missiva é dirigida a Isabel Pires de Lima, vice-presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves nomeada pelo Estado e ex-ministra da Cultura.
Por causa da pandemia da Covid 19, e da declaração do estado de emergência, foram suspensas, a 13 de março, várias iniciativas, mas a administração da Fundação não avança, de acordo com carta, qualquer contrapartida aos colaboradores.
Os trabalhadores do serviço educativo sublinham que as atividades estavam já orçamentadas, mas num email enviado aos funcionários, a administração de Serralves limita-se a dizer que “cumprirá o pagamento dos serviços efetivamente prestados”.
Os trabalhadores alertam ainda para a situação daqueles que estão a recibo verde, sem rendimento e sem proteção social lamentando a ausência de resposta às sugestões entretanto avançadas como a possibilidade do regime de teletrabalho.
Na carta é expressa preocupação com a situação particular deste tipo de trabalhadores cuja remuneração depende “em larga medida” do número e do tipo de atividades agendadas semanalmente.
Perante o que os funcionários dizem ser a posição irredutível da administração, a carta questiona a posição de uma entidade que, para além de vários contributos de diversas entidades, é financiada através do Orçamento do Estado, para além de ter dois representantes do próprio Estado na administração executiva.
Contactado pela Renascença, o Conselho de Administração da Fundação de Serralves não comenta a situação.