Fernando Lemos
Artista plástico, fotógrafo e escritor. Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, no Porto (1938-1943) e na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Fernando Lemos reside no Brasil desde 1953. Deu aula de artes gráficas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Seu trabalho como escritor se deu em distintos meios, além do seu trabalho posterior de poesia, quando escreveu Cá & Lá, publicado pela Imprensa Nacional, Lisboa, em 1985, publicou um livro sobre design Na Casa do Ovo: o princípio do desenho industrial publicado pela editora Rosari, em 2003, mas antes disso, Lemos foi colaborador do jornal fundado por exilados políticos portugueses no Brasil chamado Portugal Democrático (1955-1975) e da revista Colóquio/Artes (trabalho iniciado em 1971). Trabalha com fotografia desde 1949, quando começou a trabalhar com uma máquina Flexaret e foi ligado ao Foto Cine Clube Bandeirante. Durante os anos 60, o artista trabalhou com publicidade e com design gráfico. O artista fez parte de inúmeras exposições como na Casa Jalco, Lisboa (1952); Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP e MAM/RJ (1953); Galeria de Março (1954); participou ainda da exposição 50 Artistas Independentes na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) de Lisboa (1959); II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, FIL, Lisboa (1961) na Exposição Inaugural Colectiva da Galeria Quadrum e na Galeria Dinastia (ambas de 1973), entre outras. Em 2011 a Pinacoteca do Estado de São Paulo realizou a exposição Lá e Cá, uma retrospectiva com cerca de 200 trabalhos do artista. Fernando Lemos ainda desenvolveu outras importantes atividades em sua carreira: juntamente com José Augusto Farnaça, foi co-diretor da Galeria Março (1952), foi membro fundador e presidente da ABDI (Associação Brasileira de Desenho Industrial) entre os anos de 1968-70) e, em parceria com Décio Pignatari (1927-2012), dirigiu o estúdio de criação Maitiry. O artista recebeu uma bolsa de estudos para o Japão, com patrocíonio da Fundação Calouste Gulbenkian (1962) e o Prémio Nacional Brasileiro na Bienal de S. Paulo de 1957.