Jean Nouvel no Rio

Trata-se de um debate, no qual foram formuladas três perguntas pela PROJETODESIGN a respeito do tema da implantação do museu Guggenheim na cidade do Rio de Janeiro, assim é possível ler as opiniões dos seguintes profissionais: Acácio Gil Borsoi, Alfredo Brito, Luiz Paulo Conde, Carlos Fernando Andrade, Márcio Roberto, Pedro Paulo de Melo Saraiva e Teixeira Coelho.

Transcrição do artigo publicado em fevereiro de 2003 na Revista PROJETODESIGN, edição 276.

 

GUGGENHEIM RIO DE JANEIRO – JEAN NOUVEL NO RIO: VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR?

A proposta de implantação do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro, com projeto arquitetônico do francês Jean Nouvel, é controvertida. O prédio seria construído na área do píer, por um valor elevado, porém incerto: o prefeito do Rio, César Maia, já citou 100 milhões e 200 milhões de dólares como custos estimados.

O contrato com a Fundação Guggenheim tem ainda outros itens questionáveis: caso o museu não seja construído, o projeto do prédio ficaria com a instituição norte-americana, mesmo tendo sido pago pela prefeitura, que já gastou nele cerca de 2 milhões de dólares. Assim, a proposta vem recebendo críticas de arquitetos, urbanistas e profissionais ligados à vida cultural do Rio de Janeiro e de outros estados brasileiros.

É também objeto de CPI na Câmara de Vereadores carioca, embora a idéia de fincar a bandeira da grife Guggenheim em solo carioca tenha o apoio de arquitetos como o ex-prefeito e atual vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro, Luiz Paulo Conde.

 

Para discutir essa proposta, a revista PROJETODESIGN promoveu debate com as seguintes questões:

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?
  2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?
  3. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro?

Acácio Gil Borsoi é diplomado pela Faculdade Nacional de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Brasil, no Rio, em 1949. Trabalhou no Patrimônio Histórico Nacional e lecionou por 28 anos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco.Seu escritório de arquitetura tem unidades no Rio, São Paulo, Recife, Teresina e São Luís.

Sim, o Rio merece

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?
  2. O Rio, como uma das cidades mais belas do mundo, centro cultural do país, historicamente sacrificada pela mudança da capital, merece sem dúvida esse importante museu. Inclusive, a prefeitura e a sociedade deveriam realizar a complementação do Museu de Arte Moderna, obra imponente e representativa de Affonso Eduardo Reidy.

  3. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?

O parceiro norte-americano escolheu o lugar certo para atender aos seus interesses, de realizar uma obra exótica que chame a atenção da mídia e proporcione belas fotos.

3. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro?

Não sou contra a participação de arquitetos estrangeiros que tragam idéias e partidos novos, como foi a valorosa colaboração de Le Corbusier. No entanto, é preciso separar a questão tecnológica da expressão formal, capaz de caracterizar uma obra e sua cultura. A prefeitura, que paga a conta, deveria estimular, como em outros países, a expressão cultural local e o desenvolvimento tecnológico, apoiado em um grande escritório internacional.

Neste caso, por que não convidar Oscar Niemeyer, carioca, com obra criativa e original, e que representa para o mundo a arquitetura do Brasil?


Alfredo Brito é arquiteto, crítico de arquitetura e autor, com Ana Luíza Nobre e Alberto Xavier, do livro Arquitetura moderna no Rio de Janeiro; foi premiado na 40ª Premiação Anual IAB-RJ pelo projeto de restauro do Arquivo Nacional, no Rio.

Processo obscuro

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?

Uma grande obra de arquitetura sempre fará bem a qualquer cidade no mundo.

2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?

O Rio de Janeiro não é Bilbao. E o problema não se limita a uma questão arquitetônica. O Rio é uma das poucas cidades que têm matéria-prima para oferecer ao panorama mundial uma obra integral (não apenas como arquitetura), única e inovadora.

Se o propósito é realizar um novo marco nesse início de século, por que não convocar as melhores cabeças entre artistas, produtores de cultura e arquitetos e provocá-los para formatá-lo? Se há necessidade de dar visibilidade e repercussão internacional, chamem os produtores e arquitetos dos museus mais recentes (Frank Gehry, Santiago Calatrava, Richard Meier, Tadao Ando, Jean Nouvel, Daniel Libeskind etc.).

Até por e-mail (e por custo muito menor), haveria uma massa de reflexão absolutamente inovadora. A escolha do arquiteto seria uma decorrência do conceito estabelecido.

Nos últimos dez anos assistimos aos mais diferentes processos de escolha, alguns com grande sucesso (sempre que o cliente teve envolvimento e postura compatível com a grandeza da iniciativa).

  1. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro?

Não importa que o arquiteto escolhido seja brasileiro ou estrangeiro. Sua contribuição em todo o processo tornaria explícita a escolha. Poderia até resultar de concurso (sabendo-se de antemão que concurso público de arquitetura nunca garantiu nem, necessariamente, produziu uma grande obra). Se a escolha recaísse num estrangeiro, ele deveria estar associado a um escritório brasileiro, para natural transferência de conhecimento e tecnologia.

No Rio, atualmente, estamos diante de notícias espasmódicas e desencontradas, sobre um processo obscuro, resultante de uma parceria, na qual uma instituição estrangeira entra com sua grife e o povo carioca (através de seu gestor, a prefeitura) com os recursos. Nem o arquiteto foi escolha do cliente. Nós, cariocas, estamos pagando bem para nos imporem o nome, a grife, o conceito, o arquiteto e, por fim, uma obra (se for realizada!).

A administração municipal não se mostrou à altura de sua cidade e do evento. E, sem grandeza, estamos perdendo uma bela oportunidade e exibindo processos de gestão que retrocedem a mais de meio século.


Luiz Paulo Conde é vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro; foi prefeito do Rio de Janeiro (1997/2000); secretário estadual de Articulação Governamental na gestão de Anthony Garotinho e secretário municipal de Urbanismo (1993/1996). Foi por duas gestões presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) e diretor da Faculdade de Arquitetura da UFRJ; fundou a ONG Vivercidades, voltada para a capacitação de mão-de-obra, idealização e desenvolvimento de soluções relacionadas a políticas públicas.

Fato positivo

1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?

Acho que toda cidade teria vontade de ter um projeto desse porte. É um fato positivo.

2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?

A discussão sobre o museu começou em minha gestão na prefeitura do Rio (1997/2000). Nossa idéia era localizar o museu na praça 15, no projeto da Frente Marítima, de recuperação daquela região da cidade, integrando o Guggenheim com outros espaços já existentes no local, como o Museu Histórico Nacional, a Casa França-Brasil, o paço Imperial e outros.

O museu seria construído por arquitetos renomados, como Oscar Niemeyer. O projeto atual no cais do porto é meio complicado, em área distante para pedestres e do centro

da cidade. Isso vai estimular o uso do carro, além de contar com muitos centros comerciais, centros de convenções, estacionamentos, deixando o museu com menos destaque. O local vai ter mais um caráter de shopping center.

O projeto não me agrada, é fraco e não se integra à paisagem do Rio de Janeiro.

3. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro para projetá-lo?

Num mundo globalizado, essa questão é irrelevante, pois muitos arquitetos brasileiros já foram convidados a trabalhar no exterior. Mas eu preferia um concurso internacional ou fechado, com a participação de arquitetos brasileiros e estrangeiros pré-selecionados, pois seria mais justo. São poucos os arquitetos brasileiros que conseguem fazer obras de exceção capazes de influenciar a arquitetura do país. O concurso serviria para estimular a realização de uma obra como essa, que serviria para afirmar a arquitetura praticada atualmente pelos arquitetos brasileiros.


Carlos Fernando Andrade é presidente do IAB-RJ.

Símbolo desnecessário

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?
  2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?
  3. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro para projetá-lo?

Respostas 1,2 e 3:

Podemos citar a requalificação do espaço urbano, a efetivação de um pólo turístico e a criação de uma imagem forte para cidade como as principais motivações para projetos desse tipo. Começando pela última, a necessidade de uma imagem, quando imediatamente se cita Bilbao, mas poderíamos citar Niterói, é certo que nessas cidades um novo empreendimento, um museu - lá o Guggenheim, aqui o MAC -, tenha propiciado a elas um novo símbolo.

Mas o Rio, onde até as calçadas têm sua imagem conhecida internacionalmente - as pedrinhas são portuguesas, mas o desenho, em qualquer lugar do mundo, se associa a Copacabana -, já tem símbolos tão fortes como o Pão de Açúcar e o Corcovado, que Deus nos deu, e também a estátua do Cristo e o Maracanã, que soubemos construir e que todo mundo reconhece como cariocas. Abrigamos ainda o principal elemento arquitetônico do século 20, o edifício do MEC - aliás, já deveríamos ter tido o cuidado de inscrevê-lo como patrimônio da humanidade, pois no mesmo período em que o mundo se dizimava os meninos do Brasil davam início à primeira grande edificação modernista, movimento que, a seguir, tomou conta do mundo. Assim, de novos símbolos para a cidade não precisamos.

Pode ser até que precisem de uma mão de tinta - o que nesta cidade não estará precisando? -, mas a cidade já tem marcas fortíssimas e qualquer outra que viermos a produzir jamais substituirá os braços abertos de Cristo, por exemplo, e pouco adicionará a nosso imaginário. O fortalecimento do Rio como pólo turístico, se inegavelmente é algo desejável, é igualmente duvidoso que um museu a mais cuide disso. "Mas em Bilbao..." já começam a argumentar os defensores do Guggenheim. Bilbao fica na Espanha, gostem os bascos ou não, e aquele país já recebe 17 milhões de turistas, boa parte deles realizando turismo do mesmo tipo que mineiros e paulistas fazem por aqui, em Cabo Frio, Angra ou até na Barra da Tijuca.

É sensato imaginar que um percentual daquele fluxo, mínimo que seja, se desviado, contribua para transformar Bilbao num novo destino turístico, que pelos padrões europeus pode até nascer com porte considerável. Dificilmente algo assim acontecerá no Rio, porque a cidade já é um pólo turístico. Quem vem aqui já sabe o que quer encontrar e só deveríamos cuidar de que encontrassem mais e melhor do que já é a marca da cidade.


Márcio Roberto é arquiteto formado em 1968, pela Faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro. Titular do escritório M. Roberto Arquitetos, sucessor de MMM Roberto. Autor dos projetos do edifício-sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e da Academia Brasileira de Letras; é vice-presidente da Asbea-RJ.

Erro monumental

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?

É claro que não. Como um dos objetivos da construção do museu é ancorar o processo de revitalização da área portuária, o prefeito deveria escolher um produto mais adequado para a cidade, e especificamente para o local, realizando a operação mais econômica possível, para implantar esse produto.

Há pelo menos uns 20 anos, representantes de diferentes grupos internacionais aparecem freqüentemente por aqui, buscando parcerias e formas de viabilizar a construção de um grande aquário ou um complexo deles, que poderiam ser anexados a uma universidade de estudos do mar, biologia marinha etc. Enfim, um produto que ainda não existe no país, e que tem a cara do Rio. Todos esses grupos garantem - ou bancam eles mesmos - a sua construção.

Só precisam do local, e o píer da praça Mauá talvez seja o melhor deles. O prefeito sabe disso, mas optou por outro caminho, provavelmente baseado na convicção de que entraria para a história, deixando um templo para a cidade. Foi aí que ele cometeu o erro fundamental.

Com os tais 180 milhões de dólares - custo estimado para a construção do museu - aplicados nas diversas instituições que tentam sobreviver promovendo cultura, ele realizaria a maior revolução cultural da história da cidade, um verdadeiro carnaval, e alcançaria seu objetivo principal de ser lembrado para sempre. Tanta gente já percebeu isso, as reações são tamanhas, que para mim esse negócio de museu já era.

2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?

Só tomei conhecimento do projeto por meio da leitura precária daquilo que foi publicado na imprensa. Os cortes são tão esquemáticos e sucintos que não deu para entender a solução estrutural proposta, minha maior curiosidade. A impressão que fica é a de que nem o próprio Jean Nouvel acredita muito na conclusão desse processo.

3. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro?

A pergunta está mal formulada. Certo seria indagar se é correta a aceitação do arquiteto imposto pela fundação, pois é assim que eles trabalham. É regra do jogo e cláusula contratual. Sendo assim, César Maia e todos nós tivemos que engolir o francês. O prefeito, que já há certo tempo transferiu o ódio que tem ao (Luiz Paulo) Conde para os demais arquitetos cariocas, deve estar achando essa polêmica muito divertida.
Tanto que, na maior moita e assessorado por seu secretário de Cultura, Ricardo Macieira, cometeu a sacanagem - desculpem, mas não vejo melhor termo - de entregar de mão beijada o projeto da Cidade da Música que ele pretende construir na Barra da Tijuca para outro francês - será outro "homem de preto"? -, Christian de Portzamparc. Valor do contrato: 3,5 milhões de dólares, segundo o jornal O Globo. É para esse fato absurdo que os arquitetos devem transferir a discussão.


Pedro Paulo de Melo Saraiva formou-se em 1955 pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie; venceu inúmeros concursos públicos em 46 anos de profissão.

A infâmia é demais

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?
  2. Os arquitetos e a população do Rio certamente darão uma resposta mais consistente a essa pergunta. Acredito que o Rio tem outras prioridades. Há, em minha opinião, um forte componente frívolo nesse factóide de César Maia.

  3. 2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?
  4. A localização - uma vez definida a propriedade da sua realização - de uma obra dessa natureza deve ser vista do ponto de vista urbano; relação com o entorno e toda a alavancagem que possa gerar ao seu redor. Do ponto de vista paisagístico, não vejo nenhum privilégio, nenhuma contribuição. Bem diferente é o museu de Niterói, que deu grande impacto positivo para a cidade, a ponto de transformar-se em ícone oficial. Não conheço o projeto de Jean Nouvel em detalhes, só sei que é uma obra submarina, o que, convenhamos, não é a melhor paisagem para nós, seres terrestres. Quanto aos custos, certamente seria uma obra muito dispendiosa, quero dizer, a relação custo/benefício tende a ser desfavorável.

  5. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro?

André Malraux concedeu a Oscar Niemeyer o privilégio de exercer sua profissão na França por motivos sabidamente políticos, pois Oscar Niemeyer não podia permanecer no Brasil em segurança - ele era altamente visado pelo regime militar. No concurso do Museu Pompidou, o vencedor, além do prêmio em francos franceses, tinha como complemento o direito de exercer a profissão na França, não só durante a execução da obra, mas um direito permanente. Ora, o que estamos vendo no Brasil - o caso MAC-USP - é uma falta total de dignidade, voltando aos tempos do Brasil colonial. Não há reciprocidade e nesses casos não podemos transigir. Não se trata de corporativismo cego ou chauvinismo tardio. Sabemos reconhecer a importância que tiveram os arquitetos franceses para o Brasil, de Grandjean de Montigny a Le Corbusier, mas, como disse Castro Alves, "a infâmia é demais".


Texeira Coelho é professor titular de política cultural da Universidade de São Paulo, coordenador do Observatório de Políticas Culturais da ECA-USP, ex-diretor do MAC-USP e do Idart-SP. É escritor.

Consolidar o que existe

  1. O Rio de Janeiro precisa de um projeto como esse?

2. Ele é válido, pertinente, adequado, tanto em termos de localização, implantação e concepção museológica?

3. É correta a contratação de um arquiteto estrangeiro para projetá-lo?

Respostas 1,2 e 3:

Todos sabemos que a questão central, aqui, é a terceira. Se o arquiteto fosse brasileiro, talvez a primeira pergunta nem sequer se colocasse e a segunda seria formulada de outro modo ou em outro momento. Então, ao que importa. Niemeyer projetou o belo e polêmico centro cultural de Le Havre, França - uma foto dele aparece na capa de meu livro Usos da cultura, assim como Niemeyer figura num romance meu.
A questão, nesse caso, não é Foi correta a contratação de um arquiteto estrangeiro, Niemeyer, para projetá-lo?, mas ‘Por que não um arquiteto estrangeiro, como Niemeyer?.

Em cultura e arte, o que vale é a qualidade, não a nacionalidade. Políticas culturais identitárias de cunho nacional ou, pior, nacionalista resultam sempre em desastre. Nada há a ganhar com elas; apenas a polifonia de proposições pode levar a algum lugar.
O foco insistente nesse aspecto do Guggenheim-Rio não permite ver algo bem mais importante, formulável em quatro ou cinco perguntas: Se houver dinheiro público, direto ou indireto, para um projeto assim, por que não colocá-lo num museu local? Por que não consolidar o que existe em vez de, outra vez, iniciar algo novo? A diplomacia local ou nacional tentou convencer ou estimular o Guggenheim a aplicar num museu local?
Por que, sabendo da importância cultural e econômica da arte neste novo século, os governos locais e federal não desenvolvem ou apóiam um projeto para a criação de um Guggenheim local? É difícil competir com uma grife tão famosa - mas não impossível. Nesse contexto mais amplo, daria até para discutir a nacionalidade do arquiteto. Fora daí, é uma questão demasiado individual e corporativa para ter a relevância que lhe é dada.

 

Publicada originalmente em PROJETODESIGN

Edição 276 Fevereiro 2003

 


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