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Vital Brasil, Thiago Bortolozzo

Por Thiago Bortolozzo

A vontade de trabalhar com objetos do mundo real e rearranjá-los de modo a gerar confrontos e propor reflexões a respeito dos limites entre o espaço museológico, espaço publico e espectador, originaram a série de trabalhos Vital Brasil. A ideia de trazer de volta as estruturas de madeiras que servem provisoriamente de forma para o concreto na construção das vigas e colunas da arquitetura para um espaço efetivamente já pronto, era uma ação que propunha uma tensão no caráter de permanência da arquitetura construída, provocando certa insegurança e instabilidade ao lugar onde os trabalhos foram realizados.

 

Vital Brasil, Centro Cultural São Paulo

A instalação no Centro Cultural São Paulo partiu da vontade de tencionar a relação espaço museológico e espaço e público, propondo uma intervenção que confrontasse a realidade social do entorno com o espaço do Museu. A ideia de retornar as formas de concreto que servem de construção para o mesmo prédio se mostrava bastante pertinente para o lugar, tanto nos aspectos do espaço físico quanto em relação a sua arquitetura. Pois na região do CCSP e nos arredores da região da Avenida 23 maio existia um grande número de canteiros de obras e construções ilegais. O pé direito baixo caracteriza o espaço destinado a exposições, com um conglomerado de linhas curvas no teto como também nas rampas, revelaram uma forte marca do espaço expositivo e assim sendo, foi nas vigas deste teto que decidi estabelecer um diálogo com estas curvas, e realizar a intervenção.

Na exposição individual o trabalho Vital Brasil escorava-se de qualquer maneira na arquitetura e terminava no chão, instalada na entrada principal do prédio. Como as forças que agiam na arquitetura do prédio, procediam do espaço externo para o espaço interno do prédio, a intervenção começava do lado de fora do espaço expositivo no jardim e acompanhava o desenho da viga crescendo e avançando para Hall de entrada até o meio do espaço expositivo, potencializando com isto as forças presentes no desenho do prédio. Tal instalação gerava questionamentos aos visitantes sobre o caráter de acabamento ou finalização do espaço expositivo, se estava realmente pronto para visitas ou se tratava de paredes de favelas devido à forte força pictórica dos madeirites utilizados.

 

Vital Brasil, 26ª Bienal internacional de Artes de São Paulo

Relacionando-se com as curvas da arquitetura do mezanino no andar térreo do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, bem como com curvas da marquise do Parque Ibirapuera que se desenham no parque do Ibirapuera, o trabalho Vital Brasil prolongava o desenho do mezanino, e projetava suas formas para fora do prédio, avançando para o espaço exterior, como uma nova marquise em construção para o lado contrario a entrada principal do prédio. O trabalho apontava para um possível descuido do evento, se mostrando como um espaço em obras ou em possível reforma.

 

Vital Brasil Canteiro de obras, Virada Cultural

A intervenção apropriava-se destas estruturas da construção civil, conhecidas como Tapumes que servem para cobrir os canteiros de obras e proteger os passantes. Instalada entre a rua de acesso até a entrada do Vale do Anhangabaú, como parte das intervenções artísticas para o evento virada cultural 2007, o trabalho dialogava escondendo uma grande parte das fachadas que se encontravam nesta rua, como um grande Tapume que se relacionava com o desenho do principal prédio da rua.

 

Die Massnahme/ Mauser de Brecht/Eisler/Müller

Desenvolvida para a peça de teatro de Bertold Brecht e Heiner Muller, Die Massnahme/ Mauser com direção de Franz Castorf e Meg Stuart, o projeto Vital Brasil adentrou em um diferente contexto. Com outras demandas e funções, o espaço teatral exigiu um novo posicionamento em relação às necessidades e exigências que o espaço solicitava questões de segurança, montagem e desmontagem de trabalho, bem como um forte acompanhamento da equipe de engenheiro e técnicos envolvidos na realização do projeto dentro de suas especiais características. Cruzando todo o espaço do palco, vindo fundo e se prolongando até a escada de acesso a plateia, o projeto dominava grande parte do teatro como uma grande laje em construção.

 

Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba

O engenho de Piracicaba sempre me atraiu por sua característica industrial com gigantescos galpões num enorme areal ao lado do rio Piracicaba. Na frente do galpão destinado as exposições existiam 9 colunas que no passado sustentavam máquinas para refinamento da cana-de-açúcar. De acordo com a situação apresentada optei por prolongar uma das colunas existentes no espaço exterior. Tal ação gerou uma situação de reforma e revitalização para esta área que estava abandonada durante o período de exposição.

 

Museu de Arte Contemporânea de Campinas

O teto do espaço do MAC Campinas oferecia uma serie de elementos arquitetônicos com os quais poderia realizar minha intervenção, no entanto optei por realizar um trabalho que dialogava com o teto do museu e suas vigas. O trabalho escorava-se no teto cobrindo uma das vigas, cambaleando, se prolongava até a entrada principal do museu.

 

Direções da Nova Arte Contemporânea Brasileira Paço Imperial, Belo Horizonte

As características cubo branco do espaço expositivo do Paço Imperial me deixaram poucos elementos arquitetônicos com o qual o projeto Vital Brasil poderia se relacionar. A museografia destinada aos trabalhos de parede escondiam colunas e elementos da arquitetura, restando somente uma coluna na qual realizei a intervenção em formato de L invertido, que dialogava com o desenho e painéis do Paço Imperial.

A vontade de trabalhar com objetos do mundo real e rearranjá-los de modo a gerar confrontos e propor reflexões a respeito dos limites entre o espaço museológico, espaço publico e espectador, originaram a série de trabalhos Vital Brasil. A ideia de trazer de volta as estruturas de madeiras que servem provisoriamente de forma para o concreto na construção das vigas e colunas da arquitetura para um espaço efetivamente já pronto, era uma ação que propunha uma tensão no caráter de permanência da arquitetura construída, provocando certa insegurança e instabilidade ao lugar onde os trabalhos foram realizados.

 

Vital Brasil, Centro Cultural São Paulo

A instalação no Centro Cultural São Paulo partiu da vontade de tencionar a relação espaço museológico e espaço e público, propondo uma intervenção que confrontasse a realidade social do entorno com o espaço do Museu. A ideia de retornar as formas de concreto que servem de construção para o mesmo prédio se mostrava bastante pertinente para o lugar, tanto nos aspectos do espaço físico quanto em relação a sua arquitetura. Pois na região do CCSP e nos arredores da região da Avenida 23 maio existia um grande número de canteiros de obras e construções ilegais. O pé direito baixo caracteriza o espaço destinado a exposições, com um conglomerado de linhas curvas no teto como também nas rampas, revelaram uma forte marca do espaço expositivo e assim sendo, foi nas vigas deste teto que decidi estabelecer um diálogo com estas curvas, e realizar a intervenção.

Na exposição individual o trabalho Vital Brasil escorava-se de qualquer maneira na arquitetura e terminava no chão, instalada na entrada principal do prédio. Como as forças que agiam na arquitetura do prédio, procediam do espaço externo para o espaço interno do prédio, a intervenção começava do lado de fora do espaço expositivo no jardim e acompanhava o desenho da viga crescendo e avançando para Hall de entrada até o meio do espaço expositivo, potencializando com isto as forças presentes no desenho do prédio. Tal instalação gerava questionamentos aos visitantes sobre o caráter de acabamento ou finalização do espaço expositivo, se estava realmente pronto para visitas ou se tratava de paredes de favelas devido à forte força pictórica dos madeirites utilizados.

 

Vital Brasil, 26ª Bienal internacional de Artes de São Paulo

Relacionando-se com as curvas da arquitetura do mezanino no andar térreo do Pavilhão Ciccillo Matarazzo, bem como com curvas da marquise do Parque Ibirapuera que se desenham no parque do Ibirapuera, o trabalho Vital Brasil prolongava o desenho do mezanino, e projetava suas formas para fora do prédio, avançando para o espaço exterior, como uma nova marquise em construção para o lado contrario a entrada principal do prédio. O trabalho apontava para um possível descuido do evento, se mostrando como um espaço em obras ou em possível reforma.

 

Vital Brasil Canteiro de obras, Virada Cultural

A intervenção apropriava-se destas estruturas da construção civil, conhecidas como Tapumes que servem para cobrir os canteiros de obras e proteger os passantes. Instalada entre a rua de acesso até a entrada do Vale do Anhangabaú, como parte das intervenções artísticas para o evento virada cultural 2007, o trabalho dialogava escondendo uma grande parte das fachadas que se encontravam nesta rua, como um grande Tapume que se relacionava com o desenho do principal prédio da rua.

 

Die Massnahme/ Mauser de Brecht/Eisler/Müller

Desenvolvida para a peça de teatro de Bertold Brecht e Heiner Muller, Die Massnahme/ Mauser com direção de Franz Castorf e Meg Stuart, o projeto Vital Brasil adentrou em um diferente contexto. Com outras demandas e funções, o espaço teatral exigiu um novo posicionamento em relação às necessidades e exigências que o espaço solicitava questões de segurança, montagem e desmontagem de trabalho, bem como um forte acompanhamento da equipe de engenheiro e técnicos envolvidos na realização do projeto dentro de suas especiais características. Cruzando todo o espaço do palco, vindo fundo e se prolongando até a escada de acesso a plateia, o projeto dominava grande parte do teatro como uma grande laje em construção.

 

Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba

O engenho de Piracicaba sempre me atraiu por sua característica industrial com gigantescos galpões num enorme areal ao lado do rio Piracicaba. Na frente do galpão destinado as exposições existiam 9 colunas que no passado sustentavam máquinas para refinamento da cana-de-açúcar. De acordo com a situação apresentada optei por prolongar uma das colunas existentes no espaço exterior. Tal ação gerou uma situação de reforma e revitalização para esta área que estava abandonada durante o período de exposição.

 

Museu de Arte Contemporânea de Campinas

O teto do espaço do MAC Campinas oferecia uma serie de elementos arquitetônicos com os quais poderia realizar minha intervenção, no entanto optei por realizar um trabalho que dialogava com o teto do museu e suas vigas. O trabalho escorava-se no teto cobrindo uma das vigas, cambaleando, se prolongava até a entrada principal do museu.

 

Direções da Nova Arte Contemporânea Brasileira Paço Imperial, Belo Horizonte

As características cubo branco do espaço expositivo do Paço Imperial me deixaram poucos elementos arquitetônicos com o qual o projeto Vital Brasil poderia se relacionar. A museografia destinada aos trabalhos de parede escondiam colunas e elementos da arquitetura, restando somente uma coluna na qual realizei a intervenção em formato de L invertido, que dialogava com o desenho e painéis do Paço Imperial.