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O filósofo tcheco Vilém Flusser concebia a Bienal de São Paulo como um privilegiado lugar de intervenção, antecipando reflexões e fundando conceitos que se mostraram inovadores para se pensar o espaço expositivo hoje. Em  Salto para um mundo cheio de deuses, Mario Ramiro expõe as várias  e frustradas tentativas de Flusser em coordenar um projeto de reformulação da estrutura deste evento, nos anos 70 e 80, no intuito de integrar o Brasil à cena internacional, transformando nossa "periferia" de então em modelo para o mundo. Terão as projeções e o pensamento de Flusser se provado pertinentes a ponto de lamentarmos o fato de que nenhuma alteração substancial proposta pelo filósofo chegou a ser incorporada ao programa dessa grande mostra?


Salto para um mundo cheio de deuses*, Mario Ramiro