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COOPERATIVA DE ARTISTAS DO BRASIL

Cooperativa de Artistas Visuais do Brasil


Em 19 de agosto passado, a Cooperativa de Artistas Visuais do Brasil[1] completou um ano de existência. Ainda pouco conhecida, tem cerca de 125 artistas inscritos, aos poucos dá sinais de que veio para ficar. Conta com apoios de peso como o do Ministério da Cultura - aliás, o artista José Roberto Aguilar que atualmente é o representante em SP do MinC é um de seus membros fundadores – a Prefeitura de São Paulo e a Fundação Bienal.

Segundo o presidente da instituição, o artista Antonio Peticov, a cooperativa conseguiu realizar sua primeira exposição pública este ano. Trata-se do Salão Aberto - parte da programação paralela da Bienal - elaborado nos moldes do Aperto de Veneza. Ainda segundo ele, a importância do evento reside no fato dele surgir como alternativa à prática da ditadura do curador, em voga hoje em dia. Peticov afirma que uma das maiores preocupações da cooperativa sempre foi resgatar para o artista a função de formular propostas para exposições, decidir quem seriam seus organizadores e gerir espaços de arte. Nesse sentido, é bom ressaltar que a criação da cooperativa ocorreu logo depois do fechamento da Casa das Rosas, espaço de arte na Avenida Paulista, que era dirigida diretamente por artistas.

Apesar de Peticov e Aguilar afirmarem que a presença de teóricos, curadores e críticos é bem-vinda, o estatuto da cooperativa dirige-se apenas aos artistas. De acordo com o estatuto, estão entre os principais objetivos da cooperativa “a defesa sócio-econômico-cultural dos artistas proporcionando-lhes condições para o exercício de suas atividades, o seu aprimoramento profissional e a defesa de seus direitos autorais”; a promoção de ações que divulguem a arte brasileira e os artistas brasileiros no exterior; “promover campanhas de conscientização em defesa dos espaços e das iniciativas culturais democráticas” e a “elaboração de propostas para as leis de incentivo cultural em todas as instâncias brasileiras”.

As reuniões da cooperativa acontecem às segundas-feiras à noite no NAC (Núcleo de Arte Contemporânea), localizado ao lado do teatro Vento Forte. Uma vez por mês, são organizadas palestras com críticos e artistas já consagrados. Os associados têm que pagar uma mensalidade de R$ 50,00, destinada à manutenção e ao funcionamento das atividades da cooperativa.



[1] http://www.cooperartista.org.br