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NOTA DA QUARENTENA

Nesse período de isolamento social compulsório, o Fórum Permanente irá intensificar suas atividades online, disponibilizando no site uma seleção de artigos, ensaios, painéis de debates e outras produções artísticas de seu imenso arquivo, procurando com isso estimular a difusão de um conteúdo de qualidade sobre arte contemporânea, cultura e museus de arte. Lançamento em 18 de agosto de 2020.

Aventure-se!

Jornada da Quarentena #05: ESPAÇOS; EM CONSTRUÇÃO

A montagem editorial-curatorial da Jornada de Quarentena #05 olha para alguns momentos distintos da ideia de projeto, arquitetônico ou pictórico, em seus interstícios e mesmo através de suas variações linguísticas: do hispânico dibujo (s.m. esboço, croqui, esquema) ao anglo-saxão design (s.m. esquema, esboço, projeto). As linhas traçadas no papel ou na tela que representam de alguma maneira distintos espaços para distintos objetivos ganham uma espécie de paridade imaginativa, em que, pelo caminho de ir e vir do trabalho de arte à realidade, assim como da realidade à obra de arte, passamos a perceber outras materialidades, desejos e projeções, assim como se evidenciam as presenças e ausências que constituem os nossos espaços arquitetônicos e nossos espaços museais. Procuramos evidenciar, olhando para os interstícios entre pintura e arquitetura, como e em que momento vai se formando aquilo que seria o nosso desígnio.

Artista convidada: Brisa Noronha

Trabalhos apresentados: Série de 8 pinturas (Brisanoronha, Sem título, 2020. Óleo sobre linho, tamanhos variados); e um vídeo (Brisa Noronha, Sem título, 2020 - 3'15"). Disponíveis abaixo e também clicando aqui!

“A construção civil nunca parou na quarentena. Nesse período, a partir da observação de dois canteiros de obras que se mantiveram ativas, apresento uma série de registros onde exploro gestos, formas, ordenação dos materiais e rastros humanos ausentes. Nas pinturas, as referências para o cenário, os cantos, os ângulos e as portas, provem de uma construção que já se encontra em estágio final. Já os objetos escultóricos que habitam ali, tem como referencial as ferragens, estruturas para receber concreto e canos de uma outra obra, ainda em estágio inicial. Essa operação, de tornar visível o que sustenta a construção de  um abrigo, transformando materiais estruturais em objetos quase decorativos, reflete  uma inversão lógica das coisas, investigando questões de escala, bem como oposições entre visível e invisível, presença e vazio, materialidade e virtualidade, real e imaginário.” 

Brisa Noronha, Sem título, 2020

Recomendações do Fórum Permanente

Alguns dos artigos, encontros e ensaios que selecionamos abaixo têm como temas algumas das realidades e desafios com os quais temos que lidar neste momento, mas buscam também nos dar esperança sobre o mundo que nos espera uma vez atravessada esta crise.

01. Partenheimer e o desenho do desenho

Texto de Laymert Garcia dos Santos sobre a exposição de Jürgen Partenheimer ocorrida na Pinacoteca do Estado em 2007, em que analisa o diálogo entre a cidade e as percepções de São Paulo de que nascem seus desenhos: “Não se trata, evidentemente, de uma cidade qualquer [...]. A rigor, já nem se trata mais de uma cidade”.

02. Uma Capital Federal sem Museu Nacional

Por que o projeto de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa para Brasília não contemplou um grande museu? A questão é analisada por Valerie Fraser, University of Essex. Artigo gentilmente cedido pela autora e pela Manchester University Press, publicado originalmente em The Architecture of the Museum, 2003.

03. Transcrições arquitetônicas: Niemeyer e Villanueva em diálogo museal

Este artigo de Carola Barrios, publicado no Periódico Permanente nº 0 em dezembro 2012, parte do questionamento de Valerie Fraser sobre a falta de um museu de arte em Brasília: “a análise pretende fornecer um quadro crítico sobre o museu em sua dupla condição expositiva: como espaço discursivo para a exibição, e como dispositivo arquitetônico para o consumo urbano, o que significa considerar o museu não apenas como um continente-contentor, mas como uma estrutura racional do pensamento moderno a se concretizar no espaço urbano.”

04. A potencialidade pura da pintura de Rodrigo Andrade

Gedley Braga, artista plástico, professor da Universidade Federal de São João del-Rei e ex-coordenador do Laboratório de Conservação e Restauro do MAE/USP, comenta a exposição de Rodrigo Andrade apresentada na Galeria Marília Razuk em 2005: “A pintura atual de Rodrigo Andrade revela um ‘estado de pintura’, ou melhor, uma ‘potência pura de pintura’. Mas em que sentido pode-se dizer que isso ocorre?”

05. Lotes vagos (2005): Louise Ganz em colaboração com Breno Silva

Projeto criado como uma ação coletiva de artistas e arquitetos, para transformar lotes de propriedade privada em espaços públicos temporários. O processo de construção urbana é hoje baseado na lógica do mercado, da especulação imobiliária, do estímulo à espetacularização dos espaços, e paralelamente vem aumentando a segregação e o medo entre os habitantes. Esse projeto de ação coletiva propõe outro caminho – realçar uma rede de espaços vazios, que são potenciais de respiração e invenção.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE A QUARENTENA, CULTURA E AS ARTES

Museus, Sescs, cinemas e centros culturais reabrem em São Paulo com a fase verde

Por Eduardo Moura e Laura Lewer para a Folha de S. Paulo em 9/10/2020.

FAQ | Lei Aldir Blanc para Museus

Publicado por ICOM Brasil em 11/09/2020.

Informativo Enade do curso de Artes Visuais destaca Jornada da Quarentena

Publicação do curso de Artes Visuais da Uniasselvi-SC.

São Paulo tem exposição de arte com drive thru em galpão de 8 000 m²

Por Ana Luiza Cardoso para a Revista Casa VOGUE em 17/07/2020.

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