O Matriarcado de Pindorama - A Impossibilidade do Silêncio

Por Sandra Sedini para o IEA/USP em 19/08/2019

8° encontro da Jornada Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral.

O Brasil, malgrado seu caráter machista, é uma cultura rica de vozes femininas. No campo da arte, as mulheres estiveram à frente, ao lado ou um pouco atrás dos homens, mas nunca ausentes. Isso faz de nossa cultura um processo singular comparada às sociedades hegemônicas. O seminário reúne mulheres dos mais diversos campos de expressão.

Sobre a Jornada

A jornada de seminários compõe a disciplina "Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral", oferecida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP em associação à Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, uma parceria entre o IEA-USP e o Itaú Cultural.
O programa da disciplina foi formulado pelos dois titulares da Cátedra em 2019: o crítico, curador e historiador de arte Paulo Herkenhoff e a biomédica Helena Nader, professora da Unifesp. A intenção é promover uma discussão profunda sobre as inter-relações arte e ciência ao longo dos tempos, perpassando por aspectos como proeminência cultural de um país sobre outro, questões de gênero, de estilos e formatos.

No total, serão 19 aulas entre os meses de agosto e dezembro, sempre às quintas e sextas-feiras, das 14h às 17h, que irão reunir palestrantes e debatedores de diversas áreas do conhecimento e que são lideranças em suas áreas de atuação. Cada seminário terá um homenageado e abordará um tema específico.

Veja o programa completo (sujeito à alteração).

Homenageadas:

Chiquinha GonzagaNair de Tefé, duas mulheres que fizeram a passagem política dos valores do Império para a República nascente, com uma esperança de democracia. Chiquinha Gonzaga ousou na música e o Brasil nunca mais foi o mesmo, com a modernização do carnaval. Tinha um comportamento transformador da condição da mulher na sociedade. Nair de Tefé vinha de uma família nobre e foi uma mulher da “pá virada”. Dirigiu automóvel em fins do século XIX, foi caricaturista que parecia responder à literatura de Machado de Assis na crítica do comportamento social. Casou-se com o presidente Hermes da Fonseca e subverteu o formalismo do Palácio do Catete, onde introduziu maxixe e violão, a ponto de receber uma ácida crítica do Senador Rui Barbosa.

Expositoras:

Nádia Batella Gotlib (FFLCH USP)

Suzana Pasternak (FAU e IEA USP)

Regina Pekelmann Markus (IB USP)

Tânia Rivera (UFF)

Denise Stoklos (atriz)

Moderadora:

Liliana Sousa e Silva (C.O.S)

Organização