Muito além de “Paulistas e Cariocas”: Mário Pedrosa e Pontos Extremos da Modernidade no Brasil
11° encontro da Jornada Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral
Mário Pedrosa é o paradigma mais complexo de um pensamento radical sobre a arte. Sua trajetória e algumas de suas ideias incluem o modo como viu e reviu as relações entre paulistas e cariocas, concretistas e neoconcretistas, discutiu as grandes divisões ideológicas no mundo, aproximou a arte da ciência, observou o mercado e a ditadura de 64. Tudo isso faz de Pedrosa um autor seminal para compreender um momento especialmente elevado de pensamento crítico no Brasil.
Homenageado: Mário Pedrosa, aclamado como o maior crítico de arte brasileira de todos os tempos. Tinha uma visão holística que envolvia um olhar rigoroso sobre a história, a psicanálise, a política, o lugar da matemática na abstração geométrica e outras considerações do conhecimento. Suas ideias pontuaram o século XX, desde o modernismo, até mesmo o século XXI, com princípios como “a arte é o exercício experimental da liberdade”, que ganha enorme validade no presente com as manifestações do Poder pela restrição da expressão dos artistas. Ademais, criou parâmetros conceituais para a compreensão do projeto construtivo brasileiro.
Organização
Programação
Palestrantes:
- Helena Nader (moderadora)
- Paulo Saldiva. Quem foi Nise da Silveira? Quando a arte cura? A psiquiatra articulou seu trabalho terapêutico com as artes plásticas e o pensamento estético.
- Ton Marar. A epistemologia do neoconcretismo, topologia de Moebius, o vazio, o acaso.
- Paulo Herkenhoff. A diferença neoconcreta. Princípios gerais do neoconcretismo e em textos de Mário Pedrosa, Ferreira Gullar, José Guilherme Merchior, Lygia Clark, Lygia Pape, Hélio Oiticica e Amílcar de Castro.
- Glória Ferreira. Bases conceituais de sua crítica, sua problematização do Brasil e sua relação com o pensamento de Trotsky.