Arte & Política: Um Retrospecto da Carreira de Ricardo Ohtake

Por Sandra Sedini para o IEA/USP em 04/07/2017.

Ciclo "Cultura, Institucionalidade e Gestão"

Grandes nomes da cultura nacional se reunirão para apresentar um retrospecto da carreira de Ricardo Ohtake como dirigente cultural na cidade de São Paulo. Ohtake é filho da artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015) e irmão do também arquiteto Ruy Ohtake. É formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e dirige o Instituto Tomie Ohtake desde a sua criação, em 2001.

O debate terá a participação da cineasta Tata Amaral; do curador e crítico de artes Olívio Tavares de Araujo; do professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP e coordenador acadêmico da cátedra, Martin Grossmann; do escritor e biógrafo Fernando Morais; e do crítico de cinema e curador Amir Labaki. A moderação será do cientista social Miguel Chaia. A escolha do local do evento não é à toa: Ohtake foi o primeiro diretor do Centro Cultural São Paulo.

Esta primeira atividade abre o ciclo com o retrospecto da carreira de Ricardo Ohtake como dirigente cultural na cidade de São Paulo. Ela corresponde a uma trajetória de vida dedicada às artes e à cultura, iniciada no Departamento de Informação e Documentação Artísticas (IDART) da Secretaria Municipal de Cultural no final da década de 1970, quando Ricardo Ohtake liderou o projeto de organização do Centro Cultural São Paulo (CCSP), sendo seu primeiro diretor. De lá para cá, foi Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Secretário do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo e diretor do do Museu da Imagem e do Som e da Cinemateca Brasileira. Atualmente dirige o Instituto Tomie Ohtake.
A programação desse ciclo consiste em 4 etapas que pretendem fornecer um panorama crítico, atual e histórico da formação de uma estrutura cultural na cidade de São Paulo, pelo ponto de vista da gestão cultural em instituições e terá como foco

1) as relações entre arte, cultura e política,

2) o perfil de instituições culturais que fazem diferença na estrutura cultural de uma cidade como São Paulo,

3) a contribuição de certos gestores culturais na consolidação de um campo cultural no Brasil e

4) o papel das exposições na representação cultural de um Brasil contemporâneo.

Por meio de uma dinâmica discursiva e reflexiva em interação direta com importantes equipamentos culturais da cidade e seus principais agentes, a programação  pretende assim oferecer um amplo e crítico panorama da situação da cultura no Brasil pelo viés da gestão cultural em instituições e organismos de representação cultural.

Debatedores

Amir Labaki

Martin Grossmann

Olívio Tavares de Araújo

Tata Amaral

Moderador

Miguel Chaia

Organização