Brasil, do Neoconcretismo à Tropicália: Lygia Clark, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Ferreira Gullar e José Celso Martinez
12° encontro da Jornada Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral
O processo construtivo brasileiro foi um embate incansável de ideias. Uma copiosa fonte de reflexão teórica que terminou por constituir bases conceituais e estéticas muito diferentes, ou mesmo opostas, entre o concretismo e a arte neoconcreta. O neoconcretismo tem um claro fundamento de produção de conhecimento e presença do sujeito, inclusive pela convocação do outro. Enfrentou a crise dos anos 60 com o esgotamento da geometria canônica, através de propostas participativas e no encaminhamento na direção do tropicalismo.
Homenageado: Oswald de Andrade. Existem artistas que são faróis da sociedade, porque lúcidos e indomáveis. Oswald de Andrade é um paradigma que se renova sempre, porque não propunha modelos formais, mas modos de pensamento crítico que se renovam a cada geração. Seu espectro de preocupações incluía a medicina, a antropologia, a eletrônica e outros campos da ciência. Por isso, sua antropofagia pode envolver, sem decalques, o Cinema Novo e a Tropicália, como continua estimulando ações artísticas experimentais para muito além do cânon.
Organização
Programação
- Paulo Herkenhoff (moderador)
- Helena Nader. O ambiente e o desenvolvimento da ciência no Brasil no pós-guerra.
- Celso Favaretto. A invenção de Hélio Oiticica: entre linhas da modernidade: o construtivismo, Duchamp e o trabalho científico do pai (José Oiticica Filho).
- Luiz Camillo Osório. Experimentalismo e resistência em Lygia Pape - e o saber arquitetônico vernacular nas favelas.
- Sérgio Bruno Martins. Ferreira Gullar, do Manifesto neoconcreto à Teoria do não-objeto.
- Tania Rivera. Lygia Clark, Pierre Fédida, delírio e objetos relacionais em contexto terapêutico.