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Artistas, engenheiros e psicanalistas discutem interdisciplinaridade, IA e intervenções genéticas na arte

Por Fernanda Rezende para o IEA/USP em 09/08/2019
Artistas, engenheiros e psicanalistas discutem interdisciplinaridade, IA e intervenções genéticas na arte

Coelha Alba, do artista Eduardo Kac, é símbolo da BioArt | Foto: Divulgação Eduardo Kac

coelha Alba, criada pelo artista Eduardo Kac, será o mote de uma discussão sobre inteligência artificial, origens da cor-luz e ética no universo da arte e da BioArt.

Marcado para 29 de agosto, às 14h, o encontro A Coelha e Eu: Arte, Ciência e Tecnologia, que integra a jornada "Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral", reunirá artistas, engenheiros e um físico para debater o tema. Kac participará via Skype.

No dia seguinte, 30 de agosto, também às 14h, o encontro Arte, Música, Físcia e Psicanálise tratará da interdisciplinaridade de conhecimentos, da física à biologia sintética, dos acordes musicais ao texto escrito, assim como de suas relações intrínsecas com a psicanálise.

As atividades serão no Auditório do IEA e há 40 vagas para o público em geral, com inscrição no local, por ordem de chegada. Também será possível acompanhar ao vivo pelo site do IEA. Veja a programação completa.

A coelha

A coelha Alba ou GFP Bunny (Green Fluorescent Protein) é uma obra de arte da engenharia genética, apresentada publicamente em 2000. O gene da proteína fluorescente verde (GFP), inserido por transgenia na coelha, faz com que o animal fique verde quando exposto à luz fluorescente.

Até hoje, ela é um símbolo da BioArt, uma manifestação artística inspirada na biologia que faz uso de moléculas, como proteínas e DNA, de células, e até de organismos complexos, de invertebrados a vertebrados. O termo foi cunhado por Kac em 1997 para se referir a uma outra obra de sua autoria, a "Time Capsule", que utiliza biomateriais e tecnologias da imagem.

Além de Kac, participarão do debate o artista visual Bruno Moreschi, os engenheiros Fabio Cozman, da Poli-USP, e Marcos Cuzziol, do Núcleo de Inovação do Instituto Itaú Cultural, e o físico Vanderley Bagnato, do Instituto de Física da USP. A moderação ficará a cargo de Helena Nader, titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura de Ciência.

No encontro do dia 30, estarão presentes, o artista e físico Otávio Schipper; o engenheiro Vitor Guerra Rolla, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa); os músicos Fernando Iazzetta, da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, e José Miguel Wisnik, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP; e o psicanalista Leopold Nosek, do Instituto de Psicanálise Durval Marcondes.

A jornada de seminários compõe uma disciplina oferecida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP em associação à Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, uma parceria entre o IEA-USP e o Itaú Cultural.

Sobre a Jornada

O programa da jornada foi formulado pelos dois titulares da Cátedra em 2019: o crítico, curador e historiador de arte Paulo Herkenhoff e a biomédica Helena Nader, professora da Unifesp. A intenção é promover uma discussão profunda sobre as inter-relações arte e ciência ao longo dos tempos, perpassando por aspectos como proeminência cultural de um país sobre outro, questões de gênero, de estilos e formatos.

No total, serão 19 aulas entre os meses de agosto e dezembro, sempre às quintas e sextas-feiras, das 14h às 17h, que irão reunir palestrantes e debatedores de diversas áreas do conhecimento e que são lideranças em suas áreas de atuação. Cada seminário terá um homenageado e abordará um tema específico.

Fonte: http://www.iea.usp.br/noticias/coelha-e-eu