A Coelha e Eu: Arte, Ciência e Tecnologia

Por Sandra Sedini para o IEA/USP em 16/08/2019

5° encontro da Jornada Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral discutirá inteligência artificial, as origens da cor-luz e a ética no universo da arte e da BioArt - manifestação artística inspirada na biologia que faz uso de moléculas, como proteínas e DNA, de células, até de organismos complexos, de invertebrados a vertebrados. O termo foi cunhado por Eduardo Kac em 1997 para referir-se à sua obra "Time Capsule", que utiliza biomateriais e tecnologias da imagem. A coelha Alba ou GFP Bunny (Green Fluorescent Protein) é uma obra de arte da engenharia genética. O gene da proteína fluorescente verde (GFP), inserido por transgenia na coelha, faz com que o animal fique verde quando exposto à luz fluorescente.

Sobre a Jornada

A jornada de seminários compõe a disciplina "Relações do Conhecimento entre Arte e Ciência: Gênero, Neocolonialismo e Espaço Sideral", oferecida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP em associação à Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência, uma parceria entre o IEA-USP e o Itaú Cultural.

O programa da disciplina foi formulado pelos dois titulares da Cátedra em 2019: o crítico, curador e historiador de arte Paulo Herkenhoff e a biomédica Helena Nader, professora da Unifesp. A intenção é promover uma discussão profunda sobre as inter-relações arte e ciência ao longo dos tempos, perpassando por aspectos como proeminência cultural de um país sobre outro, questões de gênero, de estilos e formatos.

No total, serão 19 aulas entre os meses de agosto e dezembro, sempre às quintas e sextas-feiras, das 14h às 17h, que irão reunir palestrantes e debatedores de diversas áreas do conhecimento e que são lideranças em suas áreas de atuação. Cada seminário terá um homenageado e abordará um tema específico.

Veja o programa completo (sujeito à alteração).

Homenageado:

Mário Schenberg foi um eminente professor da USP, atuando nas áreas de Física, Astrofísica, Mecânica Quântica, Termodinâmica, além da Matemática. Seu olhar sensível se voltou para a aguda semiologia de Mira Schendel. Foi ativista político, perseguido pela Ditadura, enquanto era reconhecido internacionalmente como pesquisador.

Exposição:

Bruno Moreschi (artista visual)

Eduardo Kac (via skype)

Fabio Cozman (EP USP

Marcos Cuzziol (Itaú Cultural)

Vanderley Bagnato (IFSC USP)

Moderação:

Helena Nader (Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura de Ciência do IEA)

Organização