FUNDAÇÃO BIENAL ELEGE JOSÉ OLYMPIO DA VEIGA PEREIRA PARA A PRESIDÊNCIA
José Olympio da Veiga Pereira é o novo presidente da Fundação Bienal de São Paulo, eleito pelo Conselho de Administração da Fundação, nesta última terça-feira, 11. O mandato tem vigência de dois anos, podendo haver reeleição para mais dois. José Olympio toma posse em 2 de janeiro de 2019, com o desejo de ampliar a conexão da Bienal com a cidade, bem como com públicos e instituições internacionais.
Na mesma ocasião, Julio Landmann foi eleito como presidente do Conselho de Administração. Engajado há décadas com a instituição, Landmann já ocupou a presidência da Fundação entre fevereiro de 1997 e fevereiro de 1999. Durante seu mandato, foi realizada a famosa 24ª Bienal de São Paulo, a “Bienal da Antropofagia”, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Nos últimos anos, tem sido um conselheiro atuante em diversos grupos de trabalho da Fundação.
A nova gestão
Profundo conhecedor da cena das artes visuais, José Olympio navega com desenvoltura no meio em nível mundial: em 2016, liderou a criação do Conselho Consultivo Internacional da Fundação, do qual foi nomeado primeiro presidente. Como membro do Conselho de Administração, participa na gestão atual do Comitê Internacional e do Comitê de Governança e Ética da instituição.
Ele inicia seu mandato com uma Diretoria Executiva completamente renovada, composta por Andrea Pinheiro, Ana Paula Martinez, Fernando Schuler, Lucas Melo, José Francisco Pinheiro Guimarães e Luiz Lara. Seu vice-presidente será Marcelo Mattos Araujo, membro do Conselho da Bienal desde junho de 2010, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus e ex-Secretário de Estado da Cultura de São Paulo.
Alinhado com o time que há quase dez anos deu início à revitalização da instituição, José Olympio sucede João Carlos de Figueiredo Ferraz (2017-18), Luis Terepins (2013-16) e Heitor Martins (2009-12). Olympio assume a presidência de uma instituição saudável e sustentável, que opera com autonomia financeira, transparência e com um equipe permanente especializada, resultado de um processo de fortalecimento institucional iniciado há dez anos.
Com a Fundação pronta para iniciar um novo ciclo, o presidente se dedicará a ampliar as relação da Bienal com a vida cultural no Brasil e no exterior. Para o biênio 2019-20, estão programados projetos como as mostras itinerantes da 33ª Bienal de São Paulo em cidades brasileiras e estrangeiras; a representação oficial do Brasil na 58ª Bienal de Veneza e na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza; a continuidade das ações de catalogação e conservação do Arquivo Histórico Wanda Svevo; além, é claro, da 34ª Bienal de São Paulo.
Segundo José Olympio, “a Fundação Bienal cumpre um papel importante de divulgar arte global e brasileira a um público brasileiro e global. Diferentemente de Veneza e de outras bienais, que são direcionadas a especialistas, a Bienal de São Paulo acolhe tanto frequentadores de eventos culturais quanto aqueles sem familiaridade com arte ou que têm aqui o seu primeiro contato com uma instituição artística. É o segundo grupo, aliás, que representa a grande maioria de nossos mais de 700 mil visitantes”.
De maneira similar, Julio Landmann acredita que “a Bienal é uma oportunidade para artistas exibirem seus trabalhos e serem vistos por um vasto e diferenciado público, composto não apenas por curadores e críticos — hoje a Bienal é uma referência obrigatória para profissionais de arte em todo o mundo —, mas sobretudo por centenas de milhares de brasileiros que, muitas vezes, visitam pela primeira vez uma exposição de arte. É também uma oportunidade de mostrar arte a um grande público, possibilitando vias de acesso a um contato mais profundo por meio de seus projetos educacionais”.