Novo Sesc no Centro de SP tem 13 andares do teatro no subsolo à piscina no terraço
Próxima unidade será inaugurada em 19 de agosto no antigo prédio da Mesbla, e tem projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Por Glauco Araújo, G1 SP, São Paulo
O Sesc inaugura, no próximo dia 19 de agosto, sua mais nova unidade, na Rua 24 de Maio, no Centro de São Paulo. Situado no antigo prédio da Mesbla, o prédio tem 13 andares, começando no teatro, construído no subsolo, e terminando na piscina de 625 m², no terraço.
Para permitir que os andares tivessem amplo espaço de circulação, o projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha previu a otimização do vão em formato de "U", já presente na construção antiga.
Quatro colunas de concreto cortam verticalmente toda a obra. Elas foram fincadas após uma escavação iniciada a partir do antigo térreo (mesmo patamar da rua), e permitiram a construção de um café, um foyer e o teatro para 245 pessoas no subsolo. As colunas também sustentam a piscina no terraço.
Abaixo da piscina, apelidada de "ponto azul" no meio da cidade, há um jardim com espelho d'água e cafeteria. Os demais andares terão espaço de exposição, área para crianças brincarem, biblioteca, espaço de tecnologia e artes, oficinas, ginástica e clínica odontológica.
Virtude arquitetônica
"A característica de estar no Centro de São Paulo nos deu a perspectiva de um plano de bem-estar e qualidade de vida, com a ideia de concentrar alguns serviços e hoje temos todos os programas que temos em todas as outras unidades", disse Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc.
Segundo ele, "são milhões de pessoas que passam pelo Centro de São Paulo, que têm peculiaridades de horários fora do trabalho, noite e fim de semana. "Isso acaba deixando algumas áreas abandonadas e temos a intenção de manter atividades típicas para esses horários, revitalizando a região, que tem uma das maiores concentrações de trabalhadores do comércio no mundo."
Para Paulo Mendes da Rocha, arquiteto responsável pelo projeto, o prédio possui uma característica original que permitiu a obra, aliada a um outro prédio menor, usado para abrigar os serviços e equipamentos usados para fazer funcionar o novo Sesc.
"O prédio tem uma virtude fundamental, além de estar em um endereço no coração de São Paulo, que é um vazio central de 14 metros por 14 metros. Isso permitiu que, em cada canto, a gente colocasse uma coluna. Estas quatro colunas, a partir do chão para baixo, possibilitou que fizéssemos um teatro no subsolo. Prolongando essas colunas para cima pudemos sustentar uma piscina de 25 metros por 25 metros no terraço", disse Mendes da Rocha.