Masp apela para que população colabore na investigação de furto
Em um segundo comunicado após o furto de duas obras de Pablo Picasso e Candido Portinari, na última quinta-feira (19), a direção do Masp (Museu de Arte de São Paulo) fez um apelo ontem (23) para que a população colabore com informações sobre o paradeiro dos quadros.
A polícia paulista, que analisa as imagens das 30 câmeras do circuito interno de televisão do museu, ainda não tem pistas sobre a identidade dos ladrões.
"Qualquer informação sobre o paradeiro das obras será considerado, pelo Masp, como um ato de compreensão e solidariedade", diz nota divulgada ontem pela direção do museu.
A direção do Masp solicita que as informações sobre os quadros sejam repassadas para o Disque Denúncia (pelo telefone 181).
Policiais e promotores envolvidos na investigação sobre o furto acreditam que as imagens do circuito interno de televisão do museu, mesmo sem boa nitidez, vão permitir o reconhecimento do rosto de um dos três ladrões que invadiram o local.
As gravações feitas pelas câmeras do Masp, que estão sendo analisadas por técnicos da Polícia Civil e do Ministério Público, são a única prova do furto de dois quadros dos pintores Pablo Picasso ("Retratos de Suzanne Bloch") e Candido Portinari ("O Lavrador de Café").
Os ladrões usavam luvas brancas e não foram encontrados vestígios de digitais no interior do museu nem no macaco hidráulico e no pé-de-cabra usados na invasão e abandonados no local.
Os técnicos concentram a análise nas imagens registradas em três dias --no dia 29 de novembro e no dia 17 de dezembro, quando ocorreram outras tentativas de invadir no museu, e na última quinta-feira, quando as obras foram levadas.
Para o promotor Arthur Pinto Lemos Júnior, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, a tentativa de reconhecer o rosto de um dos três ladrões é uma das prioridades da análise das imagens.
Segundo ele, um instituto de fora da polícia, cujo nome não foi divulgado, foi acionado para ajudar nessa tentativa. Lemos Júnior diz que as gravações mostram que um dos três invasores do museu não usava capuz.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u357784.shtml