5º. SEMINÁRIO: TROCAS"
Seminário Trocas | Programação | Documentação |
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Leia o Relato sobre os quatro primeiros seminários
APRESENTAÇÃO A 27ª Bienal de São Paulo continua seu programa de seminários em torno do conceito “Como Viver Junto”. Está marcado para os dias 09 e 10 de outubro o seminário ‘Trocas’, organizado pela co-curadora Rosa Martínez. Esta será a quinta conferência de uma série de seis, voltadas à discussão dos valores que guiam a prática artística contemporânea apresentada na mostra expositiva da Bienal, aberta ao público de 07 de outubro a 17 de dezembro. Participam do evento os conferencistas Maria Rita Kehl, Renata Salecl, Carlos Jiménez, Ernesto Neto, Nicolas Bourriaud e Paulo Herkenhoff. “Numa época em que a propaganda tornou-se uma técnica privilegiada de produção de subjetividade, e em que os países ocidentais investem nela o dobro dos recursos que destinam à educação, o confronto entre a instrumentalidade do capitalismo tardio e o poder revolucionário da arte permanece como um debate aberto e, espera-se, uma questão significativa”, diz a co-curadora Rosa Martínez, que organiza o seminário. ‘Trocas’ enfoca a idéia de transferência e intercâmbio como um modo mais otimista de organização entre as pessoas. Desde comunicação e amor até religião e trabalho, todos os aspectos de nossa vida podem ser vistos como integrantes de uma economia de dar e receber, a despeito da equação normalmente desequilibrada entre esses dois pólos, seja na esfera política, artística, social ou emocional. Renata Salecl, professora da London School of Economics, discutirá a subjetividade da arte no período que ela denomina “capitalismo tardio”, partindo da idéia de viver a vida como obra de arte. Carlos Jiménez, historiador e crítico residente em Madri, discute as ilusões criadas pela mídia e a reação da arte contemporânea a esta realidade. A cidade e seus produtos é assunto para a psicanalista Maria Rita Kehl, que trata as construções urbanas e suas correspondências nos relacionamentos interpessoais. O viver-junto é tema para o artista Ernesto Neto, que discutirá como ser “gentil”, mantendo a diferença de opiniões. Nicolas Bourriaud, co-diretor do Palais de Tokyo, em Paris, se baseia no pensamento marxista acerca do trabalho, na psicanálise de Freud e na necessidade de dispêndio, defendida por Georges Bataille. A “estética relacional”, teoria estética elaborada por Bourriaud, permite superar a divisão tradicional entre artista-produtor e público-espectador, possibilitando uma “arena de trocas”. Paulo Herkenhoff, curador da 24a Bienal de São Paulo, discute os caminhos percorridos por artistas para conciliar a produção contemporânea com os novos rumos da sociedade. O próximo Seminário da Bienal ocorre em novembro. Organizado por José Roca, tratará do “Acre”.
09 E 10 DE OUTUBRO DE 2006 Palestrantes:
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