Terceira Oficina
Curadoria, geopolítica e deslocamentos (já realizada)
Convidados: Mariana Fix e Gerardo Mosquera
Mediação: Tatiana Ferraz e Gilberto Mariotti
Registro em vídeo: atividade aberta ao público 27/10/2011
Relato crítico: Cognatos e Amigos: Gerardo Mosquera e Mariana Fix no CCE_SP, por Julia Buenaventura.
Foto - 27/10/2011 -CCE_SP
Dando continuidade ao programa de oficinas Curadoria e Contexto do ano de 2011, realizado pelo Forum Permanente em parceria com o Centro Cultural da Espanha em São Paulo, o terceiro encontro tratará do tema Curadoria, geopolítica e deslocamentos e contará com a participação da urbanista paulistana Mariana Fix e do curador cubano Gerardo Mosquera.
Não se pode pensar a arte hoje sem considerar a internacionalização de sua circulação, seja da obra ou do próprio artista. Será a condição transnacional da arte capaz de romper com polaridades até então estabelecidas, entre circuitos hegemônicos e periféricos, territorialidade e pertencimento, nacional e internacional? Até que ponto o surgimento das megalópoles modificou tais polaridades? Os processos de internacionalização esbarram igualmente na concepção contemporânea de cidade, com o surgimento das cidades globais a imposição de uma imagem coerente de cidade como modo de controle sobre o território.
No terceiro ciclo das oficinas Curadoria e contexto, o tema Geopolítica e deslocamentos será apresentado a partir do diálogo das experiências do curador cubano Gerardo Mosquera e da urbanista Mariana Fix. De modos diversos, os colaboradores trarão à tona questões compartilhadas acerca de como os processos políticos e econômicos recentes emergem nas práticas culturais, seja como expressão artística, seja como paisagem urbana.
Mosquera aponta para uma abordagem da prática curatorial a partir dos deslocamentos culturais como estratégia de formação identitária. A partir da internacionalização da arte será preciso entender como a condição transnacional rompe com a neurose da identidade e os estereótipos totalizadores que afetaram as poéticas e discursos artísticos na América Latina. Assim o desafio cultural colocado na prática de uma arte internacional residiria na construção de uma arte diversificada, com uma pluralidade de visões, experiências e imaginários que não operam circunscritas em suas diferenças, mas a partir delas, chegando a uma construção de circuitos "horizontais".
Fix, por outro lado, revela dinâmicas políticas e econômicas que radicam os grandes conflitos urbanos, como as conexões entre o mercado financeiro global e o mercado imobiliário local. As relações entre planejamento urbano e as operações imobiliárias. A ideologia presente nos projetos arquitetônicos que se pretendem fechados para a cidade, fortificados para uma experiência urbana burguesa anti-pública.
Data 24 a 28 out | Horário 2a, 3a, 4a e 6a feira das 18h às 22h e atividade pública na 5a feira (27 out), das 19h30 às 22h30.
Local: Centro Cultural da Espanha - Av Angélica, 1091 - Higienópolis, São Paulo
Vagas 15
Selecionados para 3 oficina
Adriana Gianvecchio, Ana Luiza Bringuente, Daniel Jose Barclay Panizo, Eladia Martin, Fábio Tremonte, Keila Kern, Leonardo Pereira La Selva, Lilian Shimohirao, Lívia Burani, Rafaela Tasca, Tete Tavares, Xenia Salvetti, Lucas Jara Soares, Mauricio Topal, Daniela Labra, Marcio Harum.
Participação de curadores das instituições de arte de São Paulo
Zé Augusto Ribeiro (Centro Cultural São Paulo), Priscila Arantes (Paço das Artes), Chico Davina (Videobrasil), Julia Buenaventura (Instituto Tomie Ohtake), Taísa Palhares e Regina Teixeira de Barros (Pinacoteca do Estado de São Paulo), Cauê Alves (MAM-SP).
Organização CCE_SP e Fórum Permanente
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