Mário Pedrosa
O crítico Mário Pedrosa em foto de 1975 durante exposição de Frans Krajcberg no Centro Nacional de Arte Contemporânea, em Paris (do livro ''Mário Pedrosa - Primary Documentos'' [https://www.moma.org/momaorg/shared/pdfs/docs/publication_pdf/3232/Pedrosa_PREVIEW.pdf?1456334850], publicado pelo MoMA em 2015)
Mário Pedrosa foi um intelectual pernambucano, crítico de arte, jornalista, professor e ativista político, nascido em Timbaúba/PE em 1900. Realizou seus estudos no Institut Quinche, em Lausanne, Suíça, em 1913, e trabalhou como redator de política internacional no jornal Diário da Noite entre 1920 e 1922, passando ainda em 1924 a assinar a coluna de crítica literária. Integrou o Partido Comunista Brasileiro a partir de 1926, frequentando a Escola Leninista de Moscou, e fundou o Partido Operário Leninista em 1936, tendo se exilado na Europa durante o Estado Novo, quando foi um dos fundadores da IV Internacional. Fundou o Partido dos Trabalhadores - PT, tendo sido o primeiro a assinar seu manifesto de criação, em 1980, no Colégio Sion em São Paulo.
Pedrosa atuou como crítico de arte a partir de 1933, e chegou a ser membro das comissões organizadoras da Bienal Internacional de São Paulo dos anos de 1953 e 1955. Dirigiu o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP entre 1961 e 1963, e foi secretário do Conselho Federal de Cultura, criado por Jânio Quadros, entre 1961 e 1962. Dirigiu o Museu de la Solidariedad em Santiago, Chile, na década de 1970, na condição de refugiado da ditadura militar. Também foi presidente do secretariado do Museo Internacional de la Resistencia Salvador Allende, em Cuba, professor de história da arte Latino-Americana da Faculdade de Belas-Artes do Chile e colaborador do MAM-RJ, também fazendo parte do comitê de reconstrução após o incêndio que acometeu o museu em 1978.
Faleceu em 1981 no Rio de Janeiro.