Juan Acha
Juan Acha (1916 - 1995) foi um intelectual peruano e um dos principais teóricos de arte de língua espanhola no século XX. Formado em engenharia química na Alemanha, realizou importante trabalho como crítico de arte e agitador cultural em Lima nas décadas de 50 e 60, a partir de seus escritos publicados no diário El Comercio. Acha apoiou o desenvolvimento da pintura abstrata e os movimentos de vanguarda no Instituto de Arte Contemporáneo (IAC).
Sua obra é marcada pelas preocupações com o estudo de artes visuais na América Latina, a partir de uma perspectiva subcontinental, e Acha é considerado um dos mais prolíficos autores e investigadores das artes plásticas da região.
Acha residiu alguns meses nos Estados Unidos antes de exilar-se no México em 1971, quebrando seus vínculos com o Peru ditatorial no pós-golpe que teve lugar em outubro de 1968, e por cuja crescente repressão policial foi um dos mais duramente afetados. No México, o peruano influenciou o pensamento independente da arte latinoamericana, desenvolvendo sua teoria e prática não-objetualista, posteriormente apresentada em Medellín, Colômbia. Acha publicou mais de 20 livros sobre teoria, crítica e ensino de arte, culturas estéticas e identidade latinoamericana, sendo peça importante na história do Museo de Arte Moderno de México (MAM) na gestão do diretor Fernando Gamboa. Também atuou como docente na Universidad Nacional Autónoma de México e funcionário do Instituto Nacional de Bellas Artes, e escreveu na revista Plural, colaborando com Octavio Paz.