Frederico Morais
Frederico Morais. Exposições 4: "Do Corpo à Terra", "Domingos de Criação" e "Como Vai Você, Geração 80?", em 14 de novembro de 2017.
Nascido em Belo Horizonte, em 1936, Frederico Morais é jornalista, crítico, historiador e curador independente, e um dos nomes mais importantes da crítica de arte brasileira, conhecido por articular o diálogo entre crítica, fazer artístico e prática experimental. Organizou a exposição Vanguarda Brasileira na Universidade Federal de Minas Gerais em 1966, que exibiu artistas atuantes no Rio de Janeiro da chamada “nova figuração”, como Carlos Vergara e Rubens Gerchman.
Lecionou história brasileira e latinoamericana e semiologia na PUC-RJ e história do desenho industrial e semiologia na Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ. Morais também atuou como crítico de arte no Diário de Notícias e no jornal O Globo entre as décadas de 60 e 80, além de ser coordenador de cursos no MAM-RJ. Nos anos 60, foi autointitulado integrante da chamada “nova crítica”, que propunha o crítico de arte como sujeito atuante e propositivo dentro da arte, estabelecendo parcerias com os artistas.
Morais também foi crítico e jurado do Salão da Bússola, no MAM-RJ, em 1969, além de conceber cerca de 70 exposições, salões, bienais e outros eventos ligados às artes em sua carreira, como a exposição Do Corpo à Terra, em Belo Horizonte, ocorrida em 1970 e na qual os artistas foram convidados a produzir nos próprios locais da exposição - o Parque Municipal, o Ribeirão Arrudas e a Serra do Curral. Participaram da exposição artistas como Artur Barrio e Cildo Meireles.
O crítico também foi diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, e profícuo escritor sobre arte brasileira e internacional, com mais de 40 livros publicados no Brasil e no exterior.