Texto de apresentação
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Entre os seus objetivos estão o debate dinâmico e a convivência entre os integrantes que compõem a cena da arte contemporânea no exterior e no Brasil. Por um lado, a troca, o contato e o encontro desses integrantes propõem a discussão entre produção artística, curadorias, instituições, mercado, grandes mostras, atuações independentes e reflexão teórica e crítica e suas relações com a mídia, que refletem as atuais práticas e políticas culturais. De outro lado, estão em pauta os aspectos poéticos das linguagens artísticas informados por conteúdos diversos, tais como: arte e política, a recorrência à história da arte, as tendências à auto-referência no fazer e pensar a arte, bem como as reflexões críticas produzidas pelos diversos agentes do sistema. Os aspectos formais da arte, por sua vez, também devem ser analisados, por apresentarem novas atribuições e possibilidades ao valerem-se das apropriações, das hibridizações de suportes e das intersecções entre linguagens. No interior desse quadro dinâmico e instável tem-se debatido intensamente as relações entre arte e ciência, a extrapolação e reinvenção da fotografia, a miscigenação de linguagens como a do cinema, do vídeo e das mídias digitais, bem como o entrelaçamento das várias dimensões que conformam o espaço da representação. Tanto aspectos poéticos e formais quanto os relacionados às políticas culturais emanam de um pensamento multifacetado, pluri-disciplinar e difuso. Após os anos 70 e principalmente nos 80, a arte percorreu uma trajetória de re-orientação estética e sócio-cultural. Além do desenho, pintura, escultura, fotografia e até da instalação, a arte apropriou-se dos meios tecnológicos e digitais. Tempo e espaço no universo da arte têm sido constantemente re-dimensionados. Os modelos artísticos da modernidade expandiram seus territórios e conceitos, o que influiu decisivamente para mudanças significativas na cultura em geral e no pensamento artístico. Quais são os pensamentos que norteiam a produção de arte atual? A idéia de “padrões aos pedaços” sugere uma situação paradoxal. Ao mesmo tempo em que poderíamos supor que os modelos ou padrões do modernismo foram esgotados, a arte contemporânea navega sobre a profusão de referências da história da arte e, ao mesmo tempo, não há padrões ou modelos novos... Ou há? A questão que aqui se coloca é: ainda é possível pretender que a arte venha a quebrar paradigmas? Ou que seja prospectiva, propositiva? É possível esperar que surjam novas rupturas? Quais os caminhos para se seguir adiante considerando a força das imagens em tempo real, tais como as do 11 de Setembro em Nova Iorque ou as do recente tsunami na Indonésia? Considerando a força da comunicação mediática e a equação atual que rege o sistema das artes: produção, circuito (instituições, artistas, museus, galerias, mercado) e recepção, como vai a arte contemporânea? |
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Padrões aos Pedaços: o pensamento contemporâneo na arte
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